de Geraldo Maia Campos 7. A fase pós-experimental A esta altura de nossas considerações, a variável e os fatores de variação já foram identificados, o tipo de variável foi reconhecido, e a tabela de dados construída e preenchida com os dados obtidos na fase experimental. E agora? O que fazer com essa tabela e com os dados numéricos nela contidos? Pequeno retrospecto das fases iniciais Ficou dito, em capítulos anteriores, que o tratamento estatístico deve ser cogitado já nos primórdios da pesquisa, quando ainda se está na elaboração do seu projeto inicial, ou mesmo durante a fase de execução do plano-piloto dos experimentos. De fato, há muita coisa que já pode ser pensada e estudada nessas fases iniciais, em termos de tratamento estatístico dos dados. Porém há também outros detalhes que somente podem ser considerados após ter em mãos os dados numéricos colhidos nos ensaios. Entre as coisas que podem ser verificadas ainda na fase inicial da pesquisa está a vinculação, ou independência, dos dados experimentais, mas o conhecimento desse pormenor ainda não é tão relevante a essa altura do desenvolvimento da pesquisa, ou de seu tratamento estatístico. Mas se-lo-á mais adiante, ocasião em que o assunto será abordado novamente, tecendo-se então sobre ele considerações mais elaboradas. A distribuição dos erros experimentais Muito mais importante, todavia, seria analisar agora
a distribuição de freqüências dos dados experimentais;
ou, mais apropriadamente, estudar a maneira como os erros desses dados
se distribuem em torno da média. Enfim, é preciso saber se
a distribuição dos erros experimentais em torno da média
é normal, ou seja, se o seu histograma de freqüências
segue a configuração geral da curva matemática conhecida
como curva normal.
Por que curva "normal"? A denominação curva de Gauss explica-se
porque foi esse notável matemático alemão quem encontrou
a sua equação matemática. Da mesma forma, a expressão
curva dos erros também se justifica, porque Gauss deduziu a sua
equação
matemática precisamente a partir de estudos realizados sobre a distribuição
dos erros de medida em torno da média, ou seja, a lei matemática
que regia a dispersão e o afastamento dos valores de medida em relação
ao seu valor médio; ou, mais exatamente, em relação
ao valor real da grandeza medida. Sim, tudo isso é compreensível.
Mas por que essa curva seria chamada normal?
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