de Geraldo Maia Campos 3. As repetições Experimento com uma única observação. Imaginemos que, num experimento qualquer, se fizesse
apenas uma única observação. Esse experimento, é
evidente, não teria um valor numérico médio, ou uma
média, porque não haveria valores que se pudessem somar,
nem um número pelo qual a soma desses valores pudesse ser dividido
para calcular essa média.
Experimento com mais de uma observação. Todavia, se o número de observações
do mesmo fenômeno fosse aumentado para 2, ou 3 ou 10, ou para qualquer
outro número maior do que 1, o pesquisador notaria um fato interessante:
as medidas apresentariam diferenças entre si, mesmo que ele repetisse
sempre os mesmos passos na execução dos experimentos, e mesmo
que usasse sempre o mesmo observador para executar as medidas. Enfim, haveria
diferenças, mesmo que ele fizesse tudo exatamente igual, desde o
começo até o fim de sua pesquisa.
A média dos valores dos dados experimentais. Do que foi exposto no item anterior, depreende-se que a média tende a aproximar os valores errados do valor real daquilo que se mede. Isto porque a média é uma espécie de limite central, para o qual tendem naturalmente a convergir os erros de medida, considerando que estes podem ser para maior ou para menor, em relação ao valor real daquilo que é medido. Enfim, se não houvesse erro nenhum de medida, todas as medidas efetuadas seriam iguais à média, pois não haveria diferenças nem para maior, nem para menor, em relação ao valor real. É por esse motivo que os matemáticos chamam a média de esperança matemática, porque a média é o valor que se esperaria obter, caso não houvesse erros e todos os valores medidos fossem iguais. O número de dados. De tudo o que se expôs acima, pode-se concluir que, quanto maior o número de repetições, tanto mais o valor médio se aproximará do valor real, o que é absolutamente verdadeiro. Porém é preciso considerar que o número de repetições pode teoricamente estender-se desde 2 até o infinito. Contudo, um número infinito de observações, ou de medidas, é absolutamente impraticável. Aliás, mesmo considerando um número de medidas finito porém demasiadamente grande, ainda que fosse praticável, não seria todavia prático. Amostragem, probabilidade e significância. Deve existir portanto um número de repetições
que, mesmo sendo finito, e por isso mesmo limitado, seja capaz de permitir
que se possam tirar conclusões válidas a respeito de um fenômeno
qualquer que se queira estudar. A Estatística procurou resolver
esse problema pela associação de duas coisas cujos nomes
nos habituamos a ouvir a toda hora, quando lidamos com testes estatísticos:
a amostragem e a probabilidade.
O quarto passo. A esta altura do planeamento experimental, poder-se-ia acrescentar mais um passo em nosso roteiro estatístico: 4º passo - Estabelecer o número de repetições. |
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