FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
 
 

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
 
 

ANATOMIA INTERNA E EXTERNA DOS DENTES DOS INDÍGENAS DESCENDENTES DOS MAIAS DA REPÚBLICA DA GUATEMALA

Internal and external anatomy study of the teeth of indian Maya descendents from Guatemala Republic

JOSÉ ANTONIO CONTRERAS MATZER
pepin64@yahoo.com

ORIENTADOR: PROF. DR. JESUS DJALMA PÉCORA
pecora@forp.usp.br

Ribeirão Preto, 1993, 184p.

Resumo | Summary | Introdução | Revisão | Materias e Métodos | Resultados Dentes SuperioresResultados Dentes Infeeriores |
Resultados Agrupados | Discussão | Conclusões | Referências


INTRODUÇÃO
 

A morfologia dental ocupa posição de destaque nas investigações antropológicas para a reconstrução das relações filogenéticas entre os povos, bem como para entender suas diferenças.

Para os antropologistas, os dentes humanos apresentam características básicas, que são transmitidas geneticamente e mantém-se estáveis durante as gerações. As características básicas são: a) coroa dental recoberta por esmalte, para cortar, triturar e amassar os alimentos; b) raízes que ancoram cada dente no suporte ósseo alveolar; c) classificação dos dentes em grupos (incisivos, caninos, pré-molares e molares); d) a presença de 32 dentes na dentição permanente e 20 dentes na dentição primária(TURNER, 1989).

Todas essas características são estáveis e encontradas no homem moderno. Entretanto, o que varia muito mais, dentro de uma mesma raça e entre as principais derivações das raças humanas, são as características secundárias, tais como: número de cúspides, dimensões e formas das coroas e número de raízes (HRDLICKA, 1920; TRATMAN, 1950; AMOS, 1955; SNYDER, 1960; DEVOTO & ARIAS, 1967; DEVOTO et al, 1968; TROPE et al, 1986; WALKER, 1988; YANG et al, 1988; FERRAZ & PÉCORA, 1992).

O desenvolvimento das diversas áreas da Odontologia exige estudos minuciosos de morfologia dos dentes humanos, com o objetivo de proporcionar melhor saúde bucal, restaurando a função do aparelho estomatognático.

Estudos de anatomia dental externa mereceram atenção de vários pesquisadores e, dentre eles podem-se citar: BLACK (1890), MUELLER (1933), DELLA SERRA (1981), WOELFEL (1990).

Ao estudar as características morfológicas dos molares superiores, vários autores encontraram uma proeminência, o tubérculo de Carabelli, que corresponde a uma elevação na superfície externa da cúspide mésio-lingual e apresenta maior incidência nos molares dos povos de origem caucasiana (CARABELLI, 1844; HRDLICKA, 1920; CARBONELL, 1960; CASELLAS, 1971; ALVESALO et al, 1975; KEISER & PRESTON, 1981; WOELFEL, 1990).

A presença de incisivos superiores com coroas em forma de pá (shovel-shaped) ‚ citada como uma característica secundáriae traço comum nos povos de origem mongólica (HRDLICKA, 1920; DEVOTO & ARIAS, 1967; DEVOTO et al, 1968 e ESCOBAR et al, 1977).

A incidência de três raízes nos molares inferiores humanos ‚ mais alta nos povos de origem mongólica que nos povos de origem caucasiana. Esta terceira raiz, quando presente, está localizada na posição disto-lingual (PUCCI & REIG, 1944; SOUZA FREITAS et al, 1971; CURZON, 1973, WALKER, 1988; FERRAZ & PECORA, 1992).

Váriasanomalias de desenvolvimento têm sido estudadas, tais como: Dens invaginatus, Dens evaginatus, Cuspide Talão (talon-cusp), dentes coniformes (peg-shaped), sulcos radiculares (radicular grooves), pérolas de esmalte, raízes extras e projeção do esmalte cervical para a área de furca dos dentes (OEHLERS 1957, 1958; EVERETT & KRAMER, 1972; TAGGER, 1977).

O desenvolvimento da Endodontia proporcionou muitas pesquisas sobre anatomia interna dos dentes com o objetivo de se conhecer com mais clareza as variações dos sistemas de canais radiculares, uma vez que o sucesso terapêutico exige a localização, instrumentação e obturação desses canais (GROVE, 1916; HESS, 1917; BARRET, 1925; COOLIDGE, 1929; PUCCI & REIG, 1944; DE DEUS, 1967; VERTUCCI et al, 1974 ; PECORA et al, 1990, 1991 e 1992).

Com o intuito de estudar a anatomia interna dos canais radiculares, vários métodos de pesquisas foram desenvolvidos, tais como: a) histológico (COOLIDGE, 1929; KUTTLER, 1955; ALTMAN et al, 1970); b) injeção de metal fundido e posterior descalcificação dos dentes (PREISWERCK, 1901); c) diafanização com injeção de corantes (OKUMURA, 1927; APRILE & APRILE, 1947; DE DEUS, 1967; VERTUCCI et al, 1974; PECORA 1990, 1991 e 1992), d) desgaste dos dentes (BLACK 1890, PUCCI & REIG 1944, GREEN, 1955); e) radiográfico (MUELLER, 1936; GREEN, 1956; PINEDA & KUTTLER, 1972; PINEDA, 1973; LEITE et al, 1984; FARACO et al, 1986); f) injeção de resinas e posterior descalcificação dos dentes (FIDEL, 1988 e FRONER, 1990).

Esses estudos levaram os pesquisadores a evidenciar que o número de canais radiculares pode variar em cada grupo de dente, em cada pessoa e de modo geral, em cada grupo racial. Há o que se pode chamar de normal, ou seja, o que está presente na maioria dos casos, mas as alterações dos sistemas de canais radiculares devem ser vistas como uma possibilidade freqüente.

O mundo de hoje‚ completamente diferente de há cem anos atrás, uma vez que as distâncias entre os povos estão cada vez mais fáceis de serem vencidas, em virtude do progresso dos meios de locomoção.

Apesar de existirem, ainda, povos que não se submeteram miscigenação racial e que não mudaram de local desde o surgimento, os movimentos migratórios proporcionam uma mistura cada vez maior entre eles.

Assim, hoje, o cirurgião-dentista deve conhecer, cada vez mais, a morfologia dental e suas variações raciais para atender melhor os seus clientes.

Os estudos sobre a anatomia dental humana continuam a despertar interesse, pois ainda Ha muito para se aprender.



 
 

RETROSPECTIVA DA LITERATURA

O conhecimento humano progride numa seqüência gradual, em ciclos ora lentos, ora rápidos, dependendo do espírito de cada época.

A Ciência Odontológica teve um ciclo evolutivo muito lento, desde o antigo Egito até o tempo de Pierre Fauchard, insigne cirurgião-dentista, no século XVIII. A partir dessa época, inúmeros acontecimentos propiciaram o desenvolvimento da Odontologia.

Os fatos marcantes, não só para a Odontologia mundial como para a norte-americana, ocorreram entre 1837 e 1840, que foram: 1- Fundação da primeira sociedade de cirurgiões-dentistas - Society of Dental Surgeons of New York - em 1837 e que logo transformou-se na American Society of Surgeons Dentistry; 2 - Fundação da primeira Escola de Odontologia da América - Baltimore College of Dental Surgery, em 1839 e, 3 - O início da publicação de um periódico especializado - The American Journal of Dental Science, em 1840.

Esses três eventos consecutivos propiciaram o desenvolvimento de uma profissão mais cientificamente preparada.

As criações de Escolas de Odontologia foram fundamentais para o progresso e desenvolvimento dessa ciência, pois esses centros não só ensinavam técnicas operatórias como também deram início das pesquisas baseadas em métodos científicos.

Assim, as estruturas dentais, a morfologia dos dentes e suas alterações e anomalias passaram a ser investigadas de modo sistemático.

CARABELLI, em 1844, descreveu a presença de um tubérculo na face mésio-lingual dos primeiros molares superiores, e foi o primeiro pesquisador que se tem conhecimento a publicar um desenho de um dente, em forma de pá de carvão, e acrescentou maiores informações relacionadas com canais radiculares e suas complexas anatomias.

Pouco depois, outro pesquisador, MUHLREITER (1870), seccionando dentes longitudinal e transversalmente, investigou a anatomia interna dos dentes humanos, sendo citado como um marco histórico nessa área de conhecimento (MUELLER, 1933).

Em 1890, BLACK iniciou a era moderna da Odontologia e sistematizou a terminologia da anatomia dental. Apresentou dados sobre as dimensões dos elementos dentais, com valores máximos, mínimos e médios de cada grupo de dentes e, ainda, investigou a anatomia interna, por meio de desgaste dos espécimes.

PREISWERCK (1901), injetando metal fundido dentro dos canais radiculares, investigou a presença de canais laterais e anastomoses nas raízes mésio-vestibulares dos molares superiores, assim como nas raízes mesiais dos molares inferiores.

FISCHER (1907), por meio da técnica de injeção de acetato de celulóide em lugar de metal nos canais radiculares e a posterior descalcificação dos espécimes, relatou alta incidência de ramificações nos pré-molares e molares superiores e constatou que essa incidência diminuía nos incisivos e caninos, comprovando os achados de PREISWERCK (1901).

GROVE (1916) estudou anatomia interna dos dentes utilizando métodos de injeção de vulcanite, descalcificação com ácido nítrico a 5% e clarificação por meio de glicerina.

CALLAHAN (1916) ressalta, com ênfase, a importância do estudo da anatomia interna dos dentes para o correto entendimento e tratamento dos focos de infecção originados no tecido pulpar dos dentes desvitalizados.

HESS (1917), dedicando-se ao estudo da anatomia interna de dentes humanos extraídos, por meio de técnica de descalcificação e diafanização, concluiu : a) os incisivos inferiores com dois canais e um forame apical representavam 33% da amostra; b) todos os caninos superiores apresentavam somente um canal; c) os caninos inferiores com dois canais estavam presentes em 1,6% dos casos; d) os primeiros pré-molares superiores exibiam, em 8,9% da amostra, apenas um canal; 88,9% possuíam dois canais e 2,2% três canais radiculares. Esse investigador salientou que: 1 - os canais radiculares reproduzem a forma exterior da raiz; 2 - as diferenciações são puramente anatômicas e surgem em dentes cuja aparência externa ‚ normal; 3 - a forma e número de canais são determinados pelas paredes dentinárias; 4- todos os dentes, freqüentemente, são diferentes quanto ao número de ramificações apicais; 5- os canais laterais podem ser encontrados em todos os dentes e, 6- a idade influi na forma e número de canais.

HRDLICKA (1920)realizou um extenso trabalho sobre a incidência de incisivos superiores em forma de pá (shovel-shaped) e verificou que essa variação anatômicaestava presente em 1% dos incisivos dos americanos brancos, 4% nesses dentes dos americanos negros, 33% nos havaianos, 53% nos chineses, 69,2% nos japoneses, 67% nos índios americanos, 37,5% nos esquimós, 62,5% nos mongóis e 33% nos malaios. Ele afirmou que a alta incidência desta variação anatômica nos povos de cor amarela-marrom corresponde a uma característica de alto componente racial. Este pesquisador deu o nome de dentes em forma de pá (shovel-shaped) aos dentes anteriores superiores cuja superfície lingual apresenta uma fossa pronunciada em forma triangular, redonda ou oblonga, limitada mesial e distalmente por proeminentes cristas marginais que convergem para cervical. Descreveu a superfície vestibular como possuidora de altura que variava de moderada a curta, bastante larga, convexa especialmente cérvico-incisalmente. Sua superfície era ás vezes lisa, outras vezes com duas ou três cristas verticais de esmalte, mais ou menos marcadas, que podem chegar á superfície incisal, dando uma aparência de serra. Em outros casos, particularmente nos incisivos centrais, existem cristas dorsais que podem assemelhar-se ás cristas marginais da face lingual do dente, formando uma dupla pá. Na superfície interproximal, achou os dentes mais ou menos convexos cérvico-incisalmente, nos quais o contorno ‚ mais oval ou ovóide que quadrilátero. A superfície lingual tem uma fossa profunda, com forma triangular, redonda ou oblonga. A base da fossa ‚ formada pela borda livre do dente, dirigindo o seu ápice para a superfície gengival. O crescimento lateral do esmalte, em casos típicos, forma uma crista pronunciada que inclina-se sobre a superfície lingual. Estas cristas marginais convergem medialmente no terço cervical da coroa. O autor conclui que essas protuberâncias são um processo hiperplásicodo esmalte, para a fortificação do dente.

BARRET (1925) estudou 16 espécimes extraídos de cada grupo dental, colocou- os em uma solução de eosina por 24 horas e, por desgaste, analisou as suas anatomias internas, bem como os seus forames apicais.

LATIMER (1925) investigou a anatomia interna de molares inferiores humanos extraídos pelo métodode desgaste, e constatou que 20% da amostra apresentavam dois canais, 62% tinham três canais e 16% possuíam quatro canais radiculares.

OKUMURA (1927) realizou um estudo sobre a anatomia interna dos dentes por meio da diafanização e citou as vantagens que esse métodoproporciona: a) a forma original das raízes não se modifica; b) a forma do canal e as estruturas mais delicadas podem ser vistas claramente; c) a falha na preparação dos espécimes ‚ mínima; d) os dentes podem ser preservados por um longo tempo. O autor classificou os canais radiculares em a) simples; b) bifurcados; c) fusionados; d) intercanais; e) recorrentes.

SLEPACK (1928) fez relato de um caso clínico de extração de um primeiro molar superior direito que apresentava-se com 4 raízes, sendo três vestibulares e uma palatina.

COOLIDGE (1929) teve sua atenção voltada para a anatomia do ápice radicular. Nessa investigação, por meio de exame histológico, chegou às seguintes conclusões: o canal radicular principal pode apresentar ramificações em vários forames; a junção canal-dentina-cemento ‚ extremamente variável e, finalmente, os canais curvos, as ramificações, e os canais atresiados não impedem o sucesso do tratamento endodôntico, desde que a infecção seja eliminada e o canal radicular seja bem obturado.

MUELLER (1933) investigou a anatomia interna dos dentes humanos por meio de exames radiográficos e concluiu que cada tipo de dente apresenta muitas variações tanto na forma e largura, como no comprimento dos canais radiculares.

BLOCHA(1936) e LEBAN (1936) apresentaram casos clínicos de extrações de caninos inferiores que possuíam duas raízes e, neste mesmo ano, BIRNABAUM, apresentou relato de extração de um primeiro molar inferior com três raízes.

MACKENSTRY (1936) demonstrou o grande valor clínico do uso rotineiro do exame radiográfico ao diagnosticar um primeiro molar inferior com uma raiz extra, localizada na face distal do dente.

PUCCI & REIG (1944), pioneiros da Endodontia latino-americana, realizaram uma investigação sobre anatomia interna pelo método de desgaste. Eles classificaram os canais radiculares quanto às suas distribuições anatômicas.

DAHLBERG (1945) realizou uma pesquisa sobre antropologia dos dentes humanos e concluiu que eles estão mudando de forma, tamanho e número. Essas mudanças ocorrem no sentido da simplificação dos modelos e uma diminuição das dimensões dos 32 dentes encontrados nos homens primitivos. O autor salientou que essas mudanças não ocorrem ao mesmo tempo em todas as raças e ressaltou que a genética influi de modo definitivo nos caracteres dentais de cada grupo populacional. Afirmou ainda que existem certos caracteres, na dentição humana, que respondem mais rapidamente às mudanças que outros.

APRILE & APRILE (1947) e SALLES CUNHA (1948) estudaram a anatomia interna dos dentes humanos pelo métodode Okumura (1927). Os primeiros autores estudaram amostras de dentes da população da Argentina e o segundo, da população paulista. Eles apresentaram preciosas colaborações aos estudos das técnicas de diafanização de dentes humanos.

TRATMAN (1950), num estudo comparativo das características dentais entre os povos de origem indu-européia e os de origem mongólica, constatou que estes últimos têm características próprias que os diferenciam dos caucasianos, população normalmente usada como referência nos livros - textos, fato que se explica devido aos primeiros pesquisadores da anatomia dental serem europeus ou descendentes de europeus. Neste trabalho, o autor afirma que a característica que mais se destaca nos povos de origem mongólica ‚ a forma de pá (shovel-shaped) nos dentes anteriores superiores. A presença da terceira raiz, disto-lingual, nos primeiros molares inferiores foi encontrada na ordem de 10% da população mongólica. Em geral, todos os dentes de pessoas de origem mongólica apresentam raízes mais curtas, quando comparados aos dentes dos descendentes de pessoas indu-européias. Neste mesmo trabalho, o autor fez referências sobre a incidência do prolongamento de esmalte da coroa dental para a área de furca nos dentes dos povos estudados, a qual classifica do seguinte modo: grau 1 - pequeno prolongamento de esmalte; grau 2 - prolongamento maior do esmalte, mas sem atingir a furca e grau 3- prolongamento do esmalte até a furca.

DELLA SERRA (1951) estudou 235 crânios de indivíduos brancos brasileiros, de ambos os sexos e Várias cidades, e constatou: a) os molares superiores constituem uma série de volume decrescente no sentido mésio-distal; b) os primeiros molares superiores analisados apresentaram, em 87,2% dos casos, a face lingual maior que a face vestibular; c) a crista oblíqua estava presente em todos os primeiros e segundos molares superiores examinados; d) a presença de tubérculo de Carabelli nos molares superiores ocorria em 61,2% dos primeiros, 3% dos segundos e 1,7% dos terceiros molares.

GREEN (1955) estudou a anatomia de uma amostra de 160 dentes humanos e deu enfoque principal as dimensões, bem como a anatomia interna. Ele utilizou a técnica de desgaste dos espécimes para a visualização dos canais radiculares.

KUTLER (1955) investigou a junção canal-dentina-cemento dos canais radiculares de 268 dentes extraídos e concluiu: a) o centro do forame se afasta do vértice do centro apical com o aumento da idade, como resultado do espessamento do cemento apical; b) o diâmetro do forame diminui com a idade; c) o canal cementário tem forma afunilada com diâmetro menor no limite canal-dentina-cemento; d) o menor diâmetro do canal radicular encontra-se usualmente na dentina, imediatamente antes da porção cementária do canal e, deste ponto ele se alarga em direção ao forame, tomando a forma afunilada, e) a espessura média do cemento apical ‚ acima de 0,5 mm no grupo de indivíduos jovens e mais espesso no grupo de pessoas mais velhas.

AMOS (1955) realizou um estudo, por meio de exame radiográfico, em 1000 pacientes focalizando a bifurcação que pode ocorrer nos canais dos pré-molares inferiores. Ele constatou que 16% dos pacientes brancos e 21,6% dos pacientes negros apresentavam primeiros pré-molares inferiores bifurcados. A ocorrência da bifurcação bilateral nesses dentes foi de 11% . A bifurcação dos segundos pré-molares inferiores foi detectada em apenas 2,5% do total de pacientes examinados.

GREEN (1956) investigou, por meio de exame radiográfico, o número de canais radiculares de dentes humanos extraídos, sendo 150 ântero-superiores e 200 ântero-inferiores. Ele conclui que 100% dos dentes ântero-superiores apresentavam-se com um único canal e 20% dos dentes ântero-inferiores apresentavam-se com dois canais radiculares.

OEHLERS (1957) realizou um estudo sobre a classificação de dens invaginatus (dens in dente). Ele classificou essa anomalia de desenvolvimento da seguinte forma: tipo 1 - a invaginação da camada de esmalte fica confinada na coroa dental e não se estende além do nível da junção cemento-esmalte; tipo 2 - a invaginação do esmalte invade a raiz e permanece confinada em um saco cego e, tipo 3 - a invaginação pode atingir a região apical ou lateral.

CARBONELL (1960), ao investigar crânios da região KisHaencontrados na Mesopotâmia, com idades aproximadas de 3000 AC, constatou a incidência de tubérculos de Carabelli em 24% dos primeiros molares superiores examinados e concluiu: a) a presença dessa característica dental indica um desenvolvimento evolutivo da morfologia das cúspides da dentição humana; b) dados comparativos entre os povos americanos, europeus e mongóis revelam o fato de que o tubérculo de Carabelli ‚ uma característica inerente ao povo branco de origem européia; c) a ausência ou a baixa incidência deste tubérculo nos grupos mongólicos indica que mecanismos genéticos estão envolvidos nessa ocorrência.

MESKIM & GORLIN (1963) investigaram a prevalência de incisivos laterais com aspecto coniformes (peg-shaped) em 8289 estudantes de ambos os sexos, de origem caucasiana, na Universidade de Minnesota e em constataram essa anomalia em 0,95% dos alunos do sexo masculino e 0,88% nos do sexo feminino.

KEENE (1964) afirma que as medidas dos diâmetros mésio-distais das coroas dos dentes são freqüentemente usadas para ilustrar diferenças morfológicas entre populações.

MERRIL (1964) relata que a raça mongólica tem três linhagens principais: os paleolíticos, os neoasiáticos e os indon‚sio-malásios, sendo que os índios da América do Norte, Central e do Sul pertecem ao grupo dos paleolíticos.

MASTER & HOSKINS (1964), à semelhança de TRATMAN (1950), classificaram as projeções de esmalte cervical em três tipos: grau I - leve projeção da linha cemento-esmalte em direção à furca; grau II - a projeção de esmalte aproxima-se da furca, mas sem contudo atingi-la, e grau III - a extensão de esmalte faz contato com a furca. Esses autores encontraram, nas amostras de dentes extraídos dos norte-americanos, 17% de molares superiores que apresentavam prolongamento cervical do esmalte, sendo a mais freqüente do grau I (64%), seguida pelo grau III (29%); a face vestibular foi a que apresentou maior incidência dessa projeção de esmalte (71,5%) e a mesial (28,5%). Nos molares inferiores, eles observaram que 28,6% apresentavam o prolongamento de esmalte cervical, sendo a mais freqüente o grau I (60%), seguida pela do grau II (18%). Também foi constatada maior incidência dessa projeção de esmalte na face vestibular dos molares inferiores (73%), contra apenas 27% na face lingual.

GREW et al (1965) estudaram uma amostra de 5240 molares de norte-americanos, e observaram que o prolongamento de esmalte cervical na furca dos molares tinha a seguinte freqüência nos molares superiores: primeiros molares 8,2%, segundos molares 23,7% e terceiros molares 15,4%. Nos molares inferiores, os autores encontraram: primeiros molares 20,4%, segundos molares 35,5% e terceiros molares 19,7%. A presença do prolongamento do esmalte coronário em direção à furca tem maior incidência pela face vestibular do que pela face lingual.

RANKINE-WILSON & HENRY (1965) examinaram, por meio de radiografias, 111 incisivos inferiores humanos extraídos, e constataram a presença de dois canais em 40,5% dos dentes estudados, distribuídos da seguinte forma: dois canais e um forame (86,7%) e dois canais com dois forames (13,3%).

CAVANHA (1965), ao investigar 2000 dentes humanos extraídos em diferentes localidades do Estado do Paraná - Brasil, encontrou 50 pérolas de esmalte e examinou-as quanto aos seus tamanhos, formas e localizações. Ele observou que ‚ mais comum encontrar uma única pérola por dente e a sua localização pode ser radicular, cervical ou coronária. As pérolas de esmalte encontradas nas raízes são as mais comuns. Microscopicamente, ele descreveu as pérolas de esmalte do seguinte modo: 1 - pérolas verdadeiras - aquelas que cont‚m somente esmalte; 2 - pérolas de esmalte e dentina - aquelas que cont‚m dentina em sua estrutura; 3 - pérolas de esmalte-dentina e polpa - apresentam esses três tecidos em sua formação e 4 - pérolas de esmalte intradental - apresentam esmalte incluído na estrutura dentinária.

HETEM et al (1965), ao investigarem uma amostra de 341 caninos inferiores humanos permanentes extraídos, encontraram 18 com duas raízes (5,3%), sendo que todos eles se apresentavam com uma raiz lingual e outra vestibular, que era de maior dimensão.

Até o ano de 1967, a armazenagem de dentes diafanizados constituía um problema, pois esses dentes precisavam ser acondicionados em recipientes que contivessem a solução diafanizadora para não ocorrer a reversão do processo. DE DEUS (1967) utilizou dentes diafanizados pela técnica Okumura - Aprile e os incluía em resina (polyte 8000), tornando-os assim passíveis de serem manipulados e mais fáceis de serem armazenados, facilitando sobremaneira o estudo e o ensino de anatomia interna dos dentes.

HANIHARA (1967), em seus estudos sobre a dentição humana de diferentes povos, introduziu os termos complexo dental mongólico e complexo dental caucasiano. Ele relata que há características comuns a todos os grupos raciais e características que são mais específicas a determinado grupo racial. Incisivos com coroas em forma de pá (shovel-shaped) e molares com cúspide prostilde são mais freqüentes nos dentes dos povos de origem mongólica, e o tubérculo de Carabelli está mais presente nos molares superiores dos povos de origem caucasiana.

DEVOTO et al (1968) estudaram, na população das províncias do nordeste argentino, as características de dentes em forma de pá, usando a escala de classificação de HRDLICKA (1920). Eles encontraram, neste estudo, incisivos centrais superiores com forma em pá em 49% da amostra, semi-pá em 35%, traço de pá em 16% . A presença de dentes em forma de pá, com aspecto característico tanto na face lingual como na vestibular, recebe o nome de dupla pá e foi detectada em 22% dos dentes. Os autores concluíram que essa característica indica um alto componente genético dos povos mongólicos nesta população. Afirmam também que os índios da Venezuela, Brasil, Chile (Atacama) e Bolívia (Puna) têm 100% de incidência desta característica racial.

WEINE et al (1969) estudaram, por meio de desgaste, as raízes mésio-vestibulares de 208 primeiros molares superiores humanos extraídos. Eles constataram que nelas, os canais radiculares estavam assim distribuídos: um canal e um forame (48,5%), dois canais e um forame (37,5%) e dois canais com dois forames em 14% da amostra.

MAURICIO (1971) realizou um estudo clínico com o objetivo de estabelecer uma relação antropológica entre o mecanismo hereditário de dentes em forma de pá (shovel-shaped), em forma de barril, torus palatino e torus mandibular em três comunidades indígenas da Guatemala. O autor encontrou uma incidência de 57,5% de dentes em forma de pá, 1,35% em forma de barril, 4,2% de pacientes com torus palatino e 1% de pacientes com torus mandibular, e concluiu que não foi possível estabelecer relações genéticas bem definidas.

CASELLAS (1971), em Pueblo Nuevo Vinas naáguatemala,realizou um estudo clínico em 1395 pacientes. O autor encontrou tubérculo de Carabelli em 58,4%, tubérculo oclusal (dens evaginatus) nos pré-molares em 2,4% e cúspide talão (talon cusp) em 4,2% dos pacientes examinados. Com bases nesses resultados, o autor concluiu: a) análise antropológica indica que a população examinada não pertence ao grupo étnico dos mongóis, mas sim a uma mistura com um complemento mongol relativamente débil; b) o tubérculo de Carabelli apresentou-se com uma freqüência mais elevada que a esperada e, c) a análise genética, não obstante as limitações, reforça a teoria de que essas características são hereditárias e que se acham ligadas a grupos raciais definidos.

SOUZA-FREITAS et al (1971) examinaram, por meio de radiografias dentais, 655 crianças (351 meninos e 304 meninas), com idades entre 8 a 14 anos. Os exames radiográficos dessas crianças foram separados de acordo com as suas ascendências raciais, ou seja, em descendentes de europeus (portugueses, espanhóis e italianos) e em descendentes de japoneses. Eles concluíram que a ocorrência de raízes suplementares nos primeiros molares inferiores foi de 22,7% nos descendentes de japoneses e 4,3% nos descendentes de europeus e que essa ocorrência era bilateral em 50% dos casos.

SKIDMORE & BJORNDAL (1971) estudaram 45 primeiros molares inferiores extraídos de pacientes masculinos entre 17 e 22 anos de origem caucasiana, nascidos nos Estados Unidos. Injetaram poliéter nos canais radiculares e descalcificaram as amostras. Eles encontraram 97,8% com duas raízes e apenas 2,2% com três raízes. Quanto aos números de canais radiculares, eles observaram uma incidência de 6,7% com dois canais, 64,4% com três canais e 28,9% com quatro canais.

LAWS (1971) estudou radiograficamente 200 incisivos centrais inferiores e 170 incisivos laterais humanos extraídos. Os resultados obtidos demonstraram que os incisivos centrais inferiores apresentavam dois canais em 43% dos casos e os incisivos laterais inferiores apresentavam dois canais em 45,3% dos dentes examinados.

DEVOTO (1971) estudou crânios dos índios Pré-Colombianos da tribo Tastilian, Argentina, e observou uma incidência de dentes em forma de pá de 21%. Esses achados, segundo o autor, são similares aos encontrados em pacientes de origem mongólica.

PINEDA & KUTLER (1972) investigaram, por meio de radiografias, 7275 canais radiculares de 4183 dentes humanos extraídos, com uma média de 261 dentes de cada tipo. Os resultados obtidos possibilitaram aos autores concluírem o seguinte: a) os dentes anteriores superiores, em 100% dos casos, evidenciaram uma raiz com um único canal radicular; b) os incisivos inferiores apresentavam uma incidência de dois canais em uma única raiz em porcentagem que variava de 19 a 23,5%; c) os caninos inferiores apresentaram dois canais em 5% da amostra.

AGUIAR (1973), ao estudar o diâmetro mésio-distal e vestíbulo-lingual das coroas dos molares superiores permanentes de brancos, negros e mulatos brasileiros, achou que quanto maiores os diâmetros mésio-distais dos molares superiores, tanto maiores são os seus diâmetros vestíbulo-linguais, e que tais medidas, quando comparadas com as raças estudadas, não ofereceram diferenças estatísticas significantes.

PINEDA (1973) radiografou 245 raízes mésio-vestibulares de primeiros molares humanos extraídos, e classificou os canais radiculares de acordo com os seguintes achados: Grupo 1 - um único canal da câmara pulpar ao ápice; Grupo 2 - dois canais distintos com dois forames apicais; Grupo 3 - dois canais que terminam em um único forame apical; grupo 4 - um canal que sai da câmara pulpar, bifurca-se e termina em dois forames apicais distintos; Grupo 5 - dois canais distintos que se unem em um único canal e se bifurca terminando em dois forames distintos e Grupo 6 - canais com aspecto reticular.

MADEIRA & HETEM (1973) estudaram, por meio de diafanização, 1333 incisivos inferiores humanos extraídos e concluíram que: os incisivos centrais tinham um canal em 88,7% dos casos; 11% evidenciaram dois canais e um forame e 0,3% mostraram dois canais e dois forames. Nos incisivos laterais, 88,2% tinham um canal, 11% dois canais e um forame e 0,8% dois canais e dois forames.

MADEIRA et al (1973), ao investigarem a anatomia interna de caninos inferiores pelo método de diafanização, encontraram 97% deles com um canal e um forame, 2,5% com dois canais e um forame e 0,5% com dois canais e dois forames.

CURZON (1973), examinando 391 primeiros molares inferiores extraídos de pacientes ingleses de origem caucasiana, observou uma incidência de três raízes em 3,4% dos casos, sendo seis vezes mais freqüentes nos homens que nas mulheres.

SEIDBERG et al. (1973), investigando, por meio de desgaste, cem raízes mésio-vestibulares de primeiros molares superiores humanos extraídos, constatou a presença de um canal em 38%, dois canais e um forame em 37% e dois canais e dois forames em 25% das raízes estudadas.

BISSADA & ABDELMALEK (1973) encontraram projeção de esmalte cervical nos molares superiores, ao examinarem 1138 molares de crânios de egípcios, com as seguintes distrubuições: primeiro molar 3,3%, segundo molar 9% e terceiro molar 5%. Para os inferiores : primeiro molar 8%, segundo molar 15% e terceiro molar 8%. Neste trabalho, os autores verificaram uma maior incidência dessa projeção nos molares inferiores que nos superiores, na proporção de 2:1.

SLOWEY (1974), baseando-se em exames radiográficos de 103 primeiros molares superiores tratados endodonticamente, encontrou 50% com dois canais nas raízes mésio-vestibulares, sendo que a maioria terminava em um único forame.

SENIA & REGEZI (1974) relataram um caso clínico de incidência de dens evaginatus bilateral nos pré-molares inferiores de um paciente de origem racial mongólica. Os autores relacionaram a presença dessa anomalia à patologia periapical, uma vez que esses dentes não apresentavam cáries.

POMERAZ & FISHELBERG (1974) estudaram "in vitro" e "in vivo" a incidência de canais secundários nas raízes mésio-vestibulares de molares superiores humanos. Eles descalcificaram os dentes e injetaram corantes nos canais radiculares de cem molares superiores "in vitro" e trataram endodonticamente cem molares superiores "in vivo". No estudo "in vitro", eles encontraram 69% de raízes mésio-vestibulares com dois canais e, no estudo "in vivo", apenas 31%. Concluíram os autores que essa grande discrepância entre os achados favorecem a procura de novas técnicas de localização do segundo canal, na raiz mésio-vestibular dos molares superiores, durante a prática clínica.

VERTUCCI et al (1974) submeteram 200 pré-molares superiores humanos extraídos ao processo de descalcificação-diafanização e injeção de corante e verificaram que 75% deles apresentavam-se com um canal até o ápice, 24% exibiam dois canais independentes e 1% mostrou a presença de três canais e três forames.

BENJAMIN & DOWSON (1974) centralizaram suas atenções na anatomia interna dos incisivos inferiores humanos e examinaram 364 dentes por meio de radiografias, com instrumentos endodônticos inseridos no interior dos seus canais radiculares. Eles concluíram que 41,4% das amostras apresentavam-se com dois canais e um forame, e somente 1,3% apresentavam-se com dois canais e dois forames.

OLIVEIRA & SERRA-NEGRA (1974) examinaram 1025 dentes primários e 30726 dentes permanentes humanos extraídos e constataram que 150 dentes permanentes apresentaram 177 pérolas de esmalte, dando uma incidência de 0,49%. Observaram também que as pérolas de esmalte são mais freqüentes nos dentes superiores (0,83%) que nos inferiores (0,09%) e ocorrem predominantemente nos molares (98,6%). Os autores não encontraram pérola de esmalte nos dentes primários.

VERTUCCI (1974), por meio do método de descalcificação e diafanização com injeção de corantes, examinou "in vitro" 300 dentes inferiores, sendo cem incisivos centrais, cem incisivos laterais e cem caninos. O autor verificou uma incidência de dois canais independentes em 3% nos incisivos centrais, 2% nos incisivos laterais e 6% nos caninos.

ALVESALO et al (1975) examinaram 294 modelos de arcadas dentárias de habitantes da aldeia Hailuoto, na costa oeste da Finlândia, sendo 164 de homens e 130 de mulheres. Os autores constataram a presença do tubérculo de Carabelli nos primeiros molares superiores em 79% dos casos, sendo que 20% apresentavam "cúspide positiva" e 59% "cúspide negativa". O tubérculo de Carabelli, nos casos estudados, possuía uma incidência bilateral e nenhuma predominância em relação aos sexos.

OLIVEIRA (1975) investigou a morfologia externa das raízes de 5210 primeiros pré-molares superiores humanos e constatou 193 exemplares com três raízes (3,7%).

SWAN & HURT (1976), pesquisando 200 crânios de índios que habitavam o leste da América do Norte, verificaram a incidência e localização de projeções do esmalte cervical em 2000 molares. Eles constataram que 32,6% desses dentes estudados apresentavam essas projeções de esmalte e que a maior incidência era nos segundos molares inferiores.

FASTLICHT (1976) estudou crânios pré-colombianos de índios mexicanos e verificou ser a presença de dentes em forma de pá mais freqüente nos incisivos centrais superiores, mostrando a grande influência dos povos de origem mongólica nesses índios.

ESCOBAR et al (1977) estudaram os aspectos de anatomia externa em 540 índios Queckchi da Guatemala e observaram uma incidência de tubérculos de Carabelli nos primeiros molares superiores na ordem de 54,5%; dens evaginatus foram detectados em 0,74% da amostra e incisivos superiores em forma de pá (shovel-shaped) foram vistos em 48,5% da população examinada.

CASAMASSIMO et al (1978) apresentaram um caso clínico onde relatam a presença de uma tríade bastante incomum de microdontia, taurodontia e dens invaginatus, que foi detectada em um paciente branco de 12 anos de idade. A microdontia estava acompanhada de taurodontia nos molares inferiores e a presença de dens invaginatus foi detectada em vários dentes.

Em 1979, VERTUCCI & GEGAUFF, por meio de descalcificação, diafanização e injeção de hematoxilina, investigaram a anatomia interna de 400 primeiros pré-molares superiores humanos extraídos. A idade, o sexo e a raça dos pacientes, bem como os motivos das extrações eram desconhecidos. Os autores encontraram 26% desses dentes com um canal, 69% com dois canais e 5% com três canais.

SCULLI (1979) calculou a relação morfológica e métrica de dentes presentes em crânios de 155 índios americanos pré-históricos, encontrados no vale de Ohio, com idades em torno de 2000 AC. O autor pôde constatar a presença de dentes em forma de pá em todos os casos.

KIESER & PRESTON (1981) analisaram morfologicamente 202 modelos de gesso das arcadas dentárias dos índios Lengua, habitantes do Paraguai e compararam esses resultados com as amostras de modelos obtidos dos índios americanos, povos malásios e caucasianos. Os autores concluíram que os índios Lengua apresentaram, em suas dentições, alto grau de componentes mongólicos e pouco efeito de miscigenação com os europeus, sustentando a teoria de que, a despeito da colonização por jesuítas, os índios paraguaios permaneceram geneticamente intactos até o presente século.

HARTWELL & BELLIZZI (1982) realizaram um estudo "in vivo" em 1976 molares humanos tratados endodonticamente, sendo 1262 molares inferiores e 714 molares superiores. Eles verificaram que os primeiros molares inferiores apresentaram quatro canais em 53,1% e os segundos molares inferiores apresentarm quatro canais em 5,5% dos casos. Os molares superiores apresentaram quatro canais em 18% dos primeiros e 9,6% dos segundos molares tratados.

SILVEIRA & SOARES (1983) realizaram um estudo clínico-radiográfico para verificar a prevalência do quarto canal em 310 primeiros molares superiores permanentes extraídos. Clinicamente, o canal palatino da raiz mésio-vestibular foi detectado em 43% dos casos, enquanto que em apenas 27% deles foi possível visualizá-lo radiograficamente. Nos dentes em que esses canais foram detectados, 29% terminavam em dois forames independentes e 71% terminavam num único forame.

Referente aos canais laterais, VERTUCCI (1984) estudou a anatomia interna de 2400 dentes pelo métodode diafanização e injeção de tinta da China e constatou o que segue: os segundos pré-molares superiores apresentaram a maior freqüência de canais laterais (59,5%) e os incisivos laterais inferiores, a menor quantidade de canais laterais (18%), sendo o terço apical a região de maior incidência desses canais.

LEITE et al (1984), por meio de radiografias, estudaram a anatomia interna de 1632 primeiros pré-molares inferiores extraídos e verificaram que 27,1% das raízes desses dentes apresentavam dois canais, situados um na vestibular e outro na lingual, podendo terminar em dois forames (22,61%) ou em um único forame (4,47%).

MADEIRA et al (1984) analisaram a anatomia externa das raízes de 1666 primeiros pré-molares inferiores extraídos e constataram que 68,07% possuíam uma forma radicular simples, de raiz aproximadamente cônica. Os demais (31,93%), apresentavam raízes com algumas características de bifurcações e trifurcações.

BELIZZI & HARTWELL (1985) realizaram um estudo "in vivo", por meio de exames radiográficos, em 1144 pré-molares superiores, sendo 514 primeiros e 630 segundos. Nesses exames, eles verificaram que os primeiros pré-molares apresentavam-se assim distribuídos quanto ao número de canais radiculares: 6,2% com um canal, 90,5% com dois canais e 3,3% com três canais. A presença dos canais radiculares nos segundos pré-molares superiores foi a seguinte: 40,3% com um canal, 58,6% com dois canais e 1,1% com três canais.

WALKER & QUACKENBUSHA(1985) estudaram 100 primeiros molares inferiores extraídos de pacientes chineses e encontraram 25 com três raízes. A seguir, eles examinaram radiograficamente 213 pacientes dessa mesma raça e encontraram 31 que possuíam, pelo menos, um primeiro molar inferior trirradicular, ou seja, uma incidência dessa característica em 14,5% dos casos. Eles não detectaram diferenças de incidência entre os sexos, mas verificaram que havia alta freqüência de incidência bilateral (61%).

TROPE et al (1986), por meio de exames radiográficos, estudaram o número de canais radiculares dos pré-molares inferiores entre as raças branca e negra, verificando que o número de primeiros pré-molares inferiores com mais de um canal, em pacientes negros, foi significativamente mais alto do que nos pacientes brancos (32,8% versus 13,7%). Nos segundos pré-molares inferiores, a diferença dos dentes que apresentaram mais de um canal diminuiu significantemente entre as raças (7,8 versus 2,8%). Quanto ao número de raízes, os autores verificaram que, na raça negra, ocorre uma maior incidência de primeiros pré-molares inferiores com raízes separadas do que na raça branca (16% versus 5,5%).

RIBEIRO et al (1986) injetaram resina plástica vinilite no interior dos canais radiculares de 50 molares humanos extraídos e descalcificaram totalmente os dentes, reproduzindo, em resina, a estrutura interna dos dentes. Os autores sugeriram esse métodocomo mais uma alternativa para o estudo de anatomia interna dos dentes humanos.

WALKER (1987) examinou visual e radiograficamente 100 primeiros pré-molares superiores extraídos de pacientes chineses. Ele verificou que 60% deles apresentavam-se com uma raiz, mas apenas 13% evidenciaram um único canal, e 87% mostravam uma raiz e dois canais. O autor relaciona a alta freqüência de primeiros pré-molares com uma raiz como característica dental dos povos mongólicos.

NEAVERTHA et al (1987) realizaram, em 228 primeiros molares endodonticamente tratados, uma análise radiográfica "in vivo" da anatomia interna das raízes mésio-vestibulares e constataram que, da amostra estudada, 77,2% apresentavam-se com dois canais e, entre eles, 61,8% apresentavam-se com dois forames apicais. Os autores salientaram que os endodontistas devem estar atentos quando da localização dos canais das raízes mésio-vestibulares dos primeiros molares superiores.

HOU & TSAI (1987) estudaram a incidência de projeções cervicais de esmalte nos molares de pacientes de origem chinesa. Eles observaram que essa projeção estava presente em 45,2% dos casos e que o envolvimento da furca, por problemas periodontais, era da ordem de 82,5% nos molares com essa característica. Eles não verificaram a relação entre a incidência dessa projeção e os sexos examinados.

WALKER (1988a) investigou 200 incisivos inferiores extraídos de pacientes chineses e, por meio de radiografias, estabeleceu a freqüência de bifurcações dos canais radiculares. Ele concluiu que 27% dos dentes da amostra apresentavam-se com dois canais e um forame, 1% evidenciaram dois canais e dois forames. A presença de um canal e um forame foi de 73% dos dentes estudados. Comparando esses achados e os estudos realizados por outros pesquisadores em diferentes populações, o autor sugere que a baixa incidência de incisivos com dois canais ‚ uma característica dos povos de origem mongólica.

WALKER (1988b), continuando suas investigações sobre a anatomia dos dentes de uma amostra populacional chinesa, analisou 100 primeiros molares inferiores e notou que 15 deles apresentavam três raízes. Essa raiz extra está situada na porção disto-lingual desses dentes. Por meio do métodode diafanização, ele constatou que 96% dos 100 espécimes apresentavam-se com dois canais mesiais e 45% com dois canais na raiz distal. Ele chamou atenção para o fato da alta incidência de três raízes nos primeiros molares inferiores nos pacientes de origem mongólica, quando comparado aos povos de outras origens.

No mesmo ano, WALKER (1988c) estudou "in vitro", por meio visual e radiográfico, cem segundos molares inferiores extraídos de pacientes chineses e constatou que 52% desses molares apresentavam fusão completa das raízes e 55% apresentavam somente dois canais.

YANG et al (1988a) coletaram e estudaram, por meio visual e pelo métodode diafanização, a anatomia externa e interna de 581 segundos molares inferiores extraídos de chineses, habitantes de Hong Kong. Eles notaram que 66,4% desses dentes apresentavam-se com raízes separadas, 2,1% com raízes em forma de cone e 31,5% com raízes em forma de "C". Canais em forma de "C" foram observadas em 65,5% dos dentes com raízes em forma de "C". Com base nesse trabalho, os autores concluíram que raízes e canais em forma de "C" são comuns nos segundos molares inferiores dos povos chineses.

YANG et al (1988b), continuando seus estudos sobre a anatomia dental, investigaram 305 primeiros e 309 segundos molares superiores extraídos de pacientes chineses, coletados na Tailândia. Eles verificaram que os primeiros molares superiores apresentaram fusões das raízes palatinas com as mésio-vestibulares em 0,3% dos casos, e fusões das raízes palatinas com as disto-vestibulares em 2% da amostra. Dentes com raízes em forma de "C" foram observados em somente 0,3% dos primeiros molares superiores. Raízes fusionadas foram encontradas em 6,2% dos primeiros e 40,1% dos segundos molares superiores. Os segundos molares superiores apresentaram fusões das raízes palatinas com as mésio-vestibulares em 18,1%, e com as raízes disto-vestibulares em 2,6%. As raízes palatinas apresentaram-se fusionadas com as raízes mésio-vestibulares e disto-vestibulares em 8,1%. Eles constataram, também, que raízes em forma de "C" foram encontradas em 4,5% da amostra, e todas elas possuíam canais em forma de "C". Esse estudo possibilitou aos autores afirmarem que fusões ou separações incompletas das raízes são comuns nos segundos molares superiores dos povos chineses.

FIDEL (1988) estudou a anatomia interna de 100 molares superiores humanos extraídos de pacientes de raças não relatadas. Utilizando a injeção de resinas e posterior descalcificação total dos dentes, obteve modelos da anatomia interna dos dentes e, após a análise dos resultados concluíu: a) a presença de dois canais nas raízes mésio-vestibulares ocorreu em 55% da amostra, sendo que 12% apresentaram-se com dois canais e dois forames, e b) a presença de dois canais nas raízes disto-vestibulares deu-se em 1% dos casos.

LIEBFELD & ROTSTEIN (1989) examinaram, por meio de radiografias tomadas em clínicas, 1200 segundos molares superiores e detectaram uma incidência de 0,4% desses molares com quatro raízes separadas.

TURNER (1989), professor de Antropologia da Universidade Estadual do Arizona - USA, realizou um estudo detalhado sobre as diferenças das estruturas dos dentes, que possibilitou a ele reconstituir as grandes migrações pré-históricas dos povos que hoje habitam as Américas, leste da Ásia e as ilhas do Pacífico. Ele relata que a forma precisa dos dentes humanos obedecem modelos genéticos que se mantém estáveis de gerações em gerações dentro de uma dada população. Entretanto, cita as diferenças entre grupos raciais que podem ser utilizadas para decifrar como elas estão relacionadas. O autor divide em dois grandes grupos as populações dos povos originários da Ásia os Sundadontes e os Sinodontes. Os Sundadontes atualmente habitam o sudeste da Ásia, Indonésia e Polinésia, enquanto que os Sinodontes habitam a China, Japão e Sibéria, bem como todas as Américas. O centro desse grande entrelaçamento da humanidade parece ter ocorrido no sudeste da Ásia. Assim, os Sinodontes caminharam da China até a Sibéria, atravessaram o estreito de Bering pelas ilhas Aleutas e alcançaram a América. O autor considera esse fato bem provável, por causa da estabilidade das características dentais encontradas nos habitantes indígenas desde a América do Norte até a Terra do Fogo, na América do Sul. Para esse autor, todas as populações descendentes dos Sundadontes e Sinodontes são, geralmente, reconhecidas como membros da raça mongólica, apesar de haver pequenas variações entre elas. Essas diferenças são reconhecidas como traços dentais secundários. Assim, a presença da terceira raiz nos primeiros molares inferiores ‚ mais comum entre os povos Sinodontes (chineses, japoneses, aleutas, esquimós, índios americanos) do que nos Sundadontes (tailandeses, malásios e polinésios). A presença de incisivos superiores em forma de pá também ocorre com maior incidência nos Sinodontes do que nos Sundadontes. Completando seus estudos, o autor esquematizou as movimentações migratórias dos povos de origem mongólica.

WOELFEL (1990) relatou que os dentes dos europeus podem diferenciar-se daqueles dos asiáticos pela redução do tamanho em geral, como também pela simplicidade morfológica. Nos dentes dos europeus, a forma de pá ‚ menos freqüente e, quando presente, apresenta traços mais suaves. Ele acredita que os dados morfológicos têm sido usados para determinar as origens e afinidades de um número de raças.

MANNING (1990) estudou, por meio da diafanização, a anatomia interna de 149 segundos molares humanos extraídos de pacientes de origens caucasiana, asiática e indiana. Do total de dentes estudados, observou-se que 22% apresentavam uma única raiz, 76% duas raízes e 2% três raízes. Canais em forma de "C" foram encontrados com maior incidência nos molares unirradiculares dos asiáticos.

PECORA et al (1990) estudaram "in vitro", por meio de diafanização, a incidência de dois canais em 634 incisivos inferiores permanentes humanos, sendo 300 centrais e 334 laterais. Os resultados evidenciaram alta incidência de dois canais (29,7%) nos centrais e 39,9% nos laterais. A presença de dois canais e dois forames foi de 2,3% nos incisivos centrais e 1,5% nos laterais.

FABRA-CAMPOS (1990) relatou um caso clínico de retratamento endodôntico em um incisivo lateral superior que apresentava sulcos línguo-gengivais (radicular grooves), cúspide talão e dois canais radiculares. O caso clínico evidenciava a presença de um incisivo lateral superior com Várias anomalias de desenvolvimento. Esta situação clínica alerta os profissionais para a possibilidade de serem encontradas muitas alterações na anatomia dos dentes humanos.

PECORA et al (1991a) investigaram, pelo processo de descalcificação - diafanização e injeção de gelatina com tinta nanquim, a anatomia interna de 422 pré-molares inferiores humanos, sendo 215 primeiros e 207 segundos, extraídos nas clínicas de Ribeirão Preto. Eles constataram que 72,09% dos primeiros pré-molares estudados apresentavam-se com um canal e um forame, 22,32% com dois canais e dois forames, 5,12% com dois canais e um forame e 0,46% com três canais e três forames. Quanto aos segundos pré-molares inferiores, foram anotadas as presenças de 89,85% deles com um canal e um forame, 4,35% com dois canais e um forame, 5,32% com dois canais e dois forames. A incidência de três canais e três forames foi idêntica às achadas nos primeiros pré-molares inferiores. Os autores salientaram que os primeiros pré-molares inferiores humanos estudados apresentaram maior incidência de dois canais que os segundos pré-molares inferiores.

PECORA et al (1991b) estudaram a anatomia externa, curvaturas e grau de fusão das raízes, comprimento dos dentes, bem como a incidência do tubérculo de Carabelli, em 360 molares superiores humanos extraídos, sendo 140 primeiros e 220 segundos, de pacientes de Ribeirão Preto. O tubérculo de Carabelli estava presente em 64,2% dos primeiros molares superiores e em 20,7% dos segundos molares superiores. Os autores encontraram raízes totalmente separadas em 86,4% dos primeiros molares e em 75,8% dos segundos molares superiores. A respeito dos comprimentos desses dentes, observaram que os seus achados não eram diferentes daqueles encontrados por outros pesquisadores que estudaram a dentição dos povos de origem caucasiana.

PECORA et al (1991c) realizaram um estudo "in vitro" sobre a incidência de "radicular grooves" em incisivos superiores humanos extraídos, sendo 500 centrais e 421 laterais. Os autores notaram: a) Os incisivos centrais superiores apresentaram "radicular grooves" em 2% dos dentes estudados; b) nos incisivos centrais, a incidência dessa característica foi maior na face vestibular da raiz (1,6%) do que na sua face lingual radicular (0,6%); c) a incidência de sulcos radiculares linguais nos incisivos laterais foi de 2,6%.

PECORA et al (1991d) investigaram a anatomia externa e interna de 240 primeiros pré-molares superiores extraídos. A anatomia externa foi estudada pela observação e medição das dimensões de cada dente. A anatomia interna foi estudada pelo métodode descalcificação e diafanização dos espécimes. Um total de 55,8% dos dentes apresentaram uma única raiz, 41,7% tinham duas raízes e 2,5% tinham três raízes. Quanto ao número de canais radiculares, os autores verificaram que 17% tinha um canal, 80,4% apresentavam dois canais e apenas 2,5% tinham três canais.

PECORA et al (1991e) relataram um caso clínico onderealizou-se o tratamento endodôntico convencional em um incisivo lateral superior direito de uma paciente de origem caucasiana, que apresentava-se coniforme (peg-shaped), com dens invaginatus e transposição dental com o canino.

PECORA & SANTANA (1991f) relataram um caso clínico, onde realizaram tratamento endodôntico em um incisivo lateral superior com duas raízes e dois canais e chamam atenção para o fato de existir tal ocorrência.

PECORA & CRUZ-FILHO (1992g) investigaram a incidência de "radicular grooves" nos incisivos superiores de pacientes atendidos na região de Ribeirão Preto. Nesse trabalho clínico, os autores observaram incidência dessa ocorrência anatômica em 3,9% dos pacientes, ocorrendo, predominantemente, na superfície lingual dos incisivos laterais superiores (3%). Os incisivos centrais superiores mostraram sulcos radiculares tanto na superfície vestibular como na superfície lingual em 0,9% dos casos. Os autores não encontraram relação desses sulcos com as raças (brancos e negros) e nem com sexos.

PECORA et al (1992h) estudaram a anatomia interna pelo métodode descalcificação, diafanização e injeção de gelatina colorida com tinta nanquim preto, em 370 molares superiores humanos, sendo 120 primeiros, 200 segundos e 50 terceiros, extraídos de pacientes na cidade de Ribeirão Preto. Os autores constataram que 75% dos primeiros, 50% dos segundos e 68% dos terceiros molares analisados apresentavam três canais radiculares e 25% dos primeiros, 42% dos segundos e 32% dos terceiros molares apresentavam 4 canais radiculares. Os autores observaram uma maior incidência de dois canais nas raízes mésio-vestibulares dos segundos molares superiores do que nos primeiros molares superiores.

FERRAZ & PECORA (1993), por meio de radiografias periapicais tiradas de 328 pacientes, 105 de origem mongólica, 106 negros e 117 caucasianos, constataram uma incidência de molares inferiores com três raízes em 15,2% dos pacientes de origem mongólica, 7,5% dos negros e 6,8% dos caucasianos. Eles notaram que os pacientes de origem mongólica apresentaram maior incidência de molares inferiores com três raízes que as demais raças.

SIQUEIRA & PECORA (1993) examinaram 3000 pacientes de ambos os sexos com idades entre 7 e 25 anos, de origem caucasiana, mongólica e negra, e constataram uma incidência de 1,03% de incisivos laterais superiores coniforme (peg-shaped). Com base no levantamentoárealizado, esses autores concluíram que a incidência de incisivo lateral superior coniforme unilateral ‚ duas vezes maior que a incidência bilateral; a incidência de dente coniforme ‚ maior no sexo feminino do que no sexo masculino na proporção de 2:1; a raça caucasiana apresenta maior incidência dessa anomalia do que a raça negra e mongólica. Os autores constataram que dentes coniformes podem apresentar dens invaginatus numa incidência de 10,5% dos casos.

As pesquisas citadas neste capítulo foram desenvolvidas com vários objetivos, mas grande parte delas com interesse maior centrado nas investigações das características dentais encontradas nos diferentes povos, e outras focalizadas no estudo da anatomia interna dos dentes humanos, com o intuito de conhecer melhor suas variações.



 

PROPOSIÇÃO:
 

A literatura consultada registra pouco estudo sobre a anatomia dental da população indígena, descendente dos Maias, que habita a República da Guatemala.

Assim, o presente trabalho propõe-se a estudar a anatomia externa e interna de uma amostra de dentes extraídos dessa população, com observâncias dos seguintes itens:

Aspectos externos dos dentes (coroa e raiz).

Comprimentos dos dentes.

Número e direção das raízes.

Projeção do esmalte cervical até à furca.

Incidência de dentes anteriores superiores em forma de pá (shovel-shaped).

Incidência do tubérculo de Carabelli nos molares superiores.

Anatomia interna: número de canais radiculares.
 
 



 
 

MATERIAIS E MÉTODOS:
 

Foram analisados, neste trabalho, a anatomia externa de 907 dentes e a anatomia interna de 1091 dentes humanos extraídos de pacientes indígenas, descendentes dos povos Maias, habitantes da República da Guatemala.

Os dentes foram extraídos no período compreendido entre os meses de novembro e dezembro de 1991 e janeiro e fevereiro de 1992, nas Clínicas Odontológicas dos seguintes locais: A) Hospitais - Roosevelt, San Juan de Dios, e da Polícia Nacional; A.1) postos de saúde: da capital, e dos Departamentos de Escuintla (B) e Mazatenango (C); em consultórios particulares nas cidades de Antiguaáguatemala (D), Jutiapa (E) e Puerto Barrios (F).

Essas localidades estão marcadas no mapa da República da Guatemala (Figura 1).

Figura 1. Mapa da República da Guatemala, mostrando os locais onde os dentes foram coletados.

Além da anamnese, que era realizada antes das extrações dentais, eram observadas as características físicas dos pacientes a fim de classificá-los como indígenas, de acordo com os crit‚rios relatados por Morley (1991) que são: osso malar e maxilar proeminente, rosto e nariz largo, lábios grossos, cor da pele avermelhada ou amarelo escura, baixa estatura (entre 1,42 a 1,65 m.), cabelo liso, esticado, usualmente preto, barba e bigode escassos, e olhos amendoados.

Após as extrações, os dentes eram limpos com uma cureta, para remover quaisquer traços de tecidos moles ou duros aderidos e colocados em solução de água oxigenada por uma hora. Após esse tempo, os dentes foram armazenados em solução de formol a 10%, a fim de serem transportados para o Laboratório de Pesquisas em Endodontia - Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

Coletados os dentes e transportados para o Laboratório, eles foram classificados e avaliados quanto às suas dimensões.

Para o estudo da anatomia externa, utilizaram-se dentes íntegros, onde pudessem ser obtidas todas as informações topográficase de dimensões. Para o estudo da anatomia interna, utilizaram-se todos os dentes, mesmo com coroas parcialmente destruídas, desde que classificados de acordo com os grupos dentais.

A Tabela I expressa não só a classificação dos dentes, bem como as quantidades utilizadas para o estudo das suas anatomias interna e externa.

As observações sobre os números, as direções de curvaturas e fusões das raízes, a presença de pérola de esmalte, as projeções de esmalte cervical, a forma de pá dos dentes anteriores superiores, o tubérculo de Carabelli, foramárealizadas pela inspeção direta e com auxílio de lupa (Wild M7A) 10X, mostrada na Figura 2. Os dados observados podem ser vistos no apêndice.

Figura 2. Lupa Wild M7A.

Os dentes utilizados para o estudo da anatomia externa foram submetidos a diversas mensurações, do seguinte modo:

a) Dentes anteriores - mediram-se os comprimentos totais dos dentes, das coroas e das raízes.

Tomaram-se as dimensões da coroa, no sentido mésio-distal, nos terços oclusal e cervical, bem como no sentido vestíbulo-lingual do equador anatômico.

b) Pré-molares - mediram-se os comprimentos totais dos dentes pelas faces vestibular e palatina quando eles se apresentavam com duas raízes e somente pela face vestibular, quando unirradiculares.

Tomaram-se as dimensões das coroas no sentido mésio-distal no nível do terço oclusal e no colo, bem como no sentido vestíbulo-lingual, no equador anatômico.

c) Molares - mediram-se os comprimentos totais dos dentes, tomando como referência o ápice de cada raiz e suas respectivas cúspides coronárias. Para os primeiros e segundos molares inferiores, usaram-se como referência para a tomada das medidas dos comprimentos dos dentes as cúspides vestibulares. Para os terceiros molares, em virtude de sua complexa anatomia radicular, utilizaram-se como referência para a obtenção dos comprimentos dos dentes as medidas dos ápices até as cúspides palatinas para os superiores e as cúspides mésio-linguais para os inferiores, por serem as mais altas.

Tomaram-se as dimensões das coroas no sentido mésio-distal, ao nível do terço oclusal e do colo e, no sentido vestíbulo-lingual ao nível do terço médio e do colo dental. Mediu-se, também, a distância entre a linha cemento-esmalte até o ponto de maior concavidade da furca, nas faces vestibulares e linguais nos molares inferiores e nas faces vestibulares, mesiais e distais dos molares superiores.

Para as obtenções das medidas dos dentes estudados, utilizou-se um paquímetro digital da marca Tesa, de procedência Suiça, que pode ser visto na Figura 3.

Figura 3. Paquímetro digital.

As características estudadas foram anotadas para o estudo

Anatomia interna:

Para o estudo da anatomia interna, utilizou-se o métodode descalcificação e diafanização empregado por PECORA et al (1993), que ‚ descrito a seguir.

Inicialmente preparou-se a cirurgia de acesso à câmara pulpar dos dentes, com broca esf‚rica de tamanho proporcional à coroa dental, montada em peça de mão acionada por alta rotação, de acordo com INGLE & BEVERIDGE (1976).

Após a abertura da câmara pulpar, os dentes foram colocados em um recipiente com solução de hipoclorito de sódio a 5% no seu interior. O conjunto foi submetido a vácuo (27 kg/cm) por uma hora. Após esse tempo, o vácuo foi removido e os dentes permaneciam nessa solução por sete dias, com troca diária da mesma. O objetivo dessa operação foi a remoção do tecido pulpar, por meio da ação química de solvência de tecido orgânico promovido pelo hipoclorito de sódio.

Terminada essa etapa, os dentes foram lavados em água corrente por 4 horas e, a seguir, colocados em um recipiente contendo solução aguosa de ácido clorídrico a 5 por cento. Esse recipiente foi colocado sobre um agitador magnético onde, sob agitação constante, foi mantido até a descalcificação dos dentes (Figura 4).

Figura 4. A) Agitador Magnético; B) Recipiente contendo ácido clorídrico e os dentes.

A descalcificação estava satisfatória quando os dentes não apresentavam esmalte em suas coroas, ficavam bem flexíveis e provocavam som surdo ao serem jogados sobre uma lâmina de aço inox.

Depois de constatar a descalcificação, os dentes foram lavados em água corrente por 48 horas para a remoção de resíduos do ácido utilizado.

Após esta etapa, os dentes foram desidratados em bateria de álcool ascendente (80, 96 e 100 GL), por uma hora em cada álcool.

Completada a desidratação, procedeu-se à injeção de gelatina colorida com tinta nanquim preta, com auxílio de uma seringa Luer dotada de agulha, através da câmara pulpar, até obter a extrusão desse material pelo ápice do dente.

Após a colocação da gelatina colorida, os dentes descalcificados e desidratados foram colocados em um béquer contendo 100 ml de resina Resapol T 208 (Resana S.A.). Esse béquer foi colocado no interior de uma panela de pressão, previamente modificada para este trabalho, na qual era injetado ar comprimido até o manômetro indicar 30 libras por pol2 ou 2,5 Kg/cm2. Os dentes foram mantidos nessas condições por oito horas, até suas completas diafanizações (Figura 5).

Figura 5. Panela de pressão adaptada para o experimento A) manômetro; B) válvula de segurança; C) entrada de ar.

Enquanto os dentes diafanizados permaneciam armazenados na resina, preparavam-se 50 ml da mesma resina com três gotas de catalisador e vertia-se nas caixas de uma forma de gelo para construir uma base. Com o objetivo de acelerar o processo de polimerização e evitar bolhas, a forma de gelo contendo a resina era colocada na panela de pressão sob ação de 30 libra/pol2, por um período de 12 horas.

Decorrido este tempo, a resina polimerizava e formava a base do bloco. A seguir, colocava-se sobre esta base o dente diafanizado e vertia-se sobre ele a resina com catalisador, até cobrir o dente. O conjunto, resina polimerizada da base mais o dente diafanizado com resina a ser polimerizada era novamente submetido a 30 libras de pressão por mais 12 horas.

Após completar este tempo, o bloco de resina contendo o dente diafanizado estava completamente polimerizado. Esse bloco era, então, removido da forma de gelo e submetido a um processo de desgaste com lixas d'água e, posteriormente, polido com óxido de zinco misturado com álcool (Figura 6).

Figura 6. A) Forma de gelo contendo o bloco de resina polimerizado. B) Bloco de resina removido contendo no seu interior o dente diafanizado. C) Bloco de resina polido.

Após o preparo dos blocos contendo os dentes diafanizados, procedia-se ao estudo da anatomia interna, analisando o número de canais radiculares.

Preparo da gelatina colorida:

Para preparar a gelatina colorida com tinta nanquim procedeu-se do seguinte modo:

a) Dissolvia-se um envelope de gelatina incolor, da marca Anglo, em um béquer 500 ml e a seguir, adicionavam-se 200 ml de água destilada-deionizada à temperatura ambiente .

b) Levava-se a mistura, sob agitação constante, ao aquecimento, até que a gelatina se dissolvesse na água. Deixou-se esfriar o conjunto.

c)Adicionavam-se 20 ml de tinta nanquim preta (Faber-Castell profissional) à gelatina preparada. Homogeneizava-se a mistura, com a ajuda de um bastão de vidro, após o que ela foi acondicionada em um recipiente de vidro dotado de tampa. A gelatina assim preparada foi colocada no refrigerador para sua geleificação.



 
 

RESULTADOS  DENTES SUPERIORES









INCISIVOS CENTRAIS:

Foram utilizados 66 incisivos centrais superiores para o estudo da anatomia externa. A Tabela II mostra os valores médios, máximos e mínimos das amostras estudadas quanto ao comprimento total do dente, altura da coroa, comprimento da raiz e as dimensões da coroa no sentido mésio-distal na altura do terço incisal e no colo, bem como a dimensão vestíbulo-lingual ao nível do equador anatômico.

TABELA II. Medidasárealizadas nos incisivos centrais superiores da amostra de dentes dos indígenas da Guatemala.

A Figura 7 mostra incisivos centrais superiores com tamanho máximo (25,4 mm.) e mínimo (17,1 mm.) encontrados na amostra analisada.

Todos os incisivos centrais superiores estudados apresentavam-se com uma única raiz.

As direções das curvaturas das raízes apresentavam-se distribuídas dos seguintes modos: 69,7% com raízes retas, 6% com curvatura para mesial, 18,3% com curvatura para a distal, 4,5% com curvatura para vestibular e apenas 1,5% com curvatura para palatina.

A presença de incisivos centrais superiores com coroa em forma de pá (shovel-shaped) foi observada em 97% dos casos, sendo distribuídas dos seguintes modos: 68,2% em forma de pá , e 28,8% com traços de pá. A forma de dupla pá foi observada em 21,9% dos casos. As Figuras 8, 9 e 10 mostram estes tipos de características dentais.

Figura 8. Dentes com coroa em forma de pá. O dente A e B evidenciam presença de "finger-like".

Figura 9. Dentes com coroas com traços de pá (A e B) e forma de pá (C).

Figura 10 . Dentes com dupla pá. Presença de cristas marginais salientes tanto na face vestibular como na lingual.

Para o estudo da anatomia interna, diafanizaram-se 99 incisivos centrais e todos apresentaram-se com um canal radicular e um forame apical (Figura 11).

Figura 11. Incisivo central superior diafanizado evidenciando um canal radicular.

INCISIVOS LATERAIS:

Utilizaram-se 53 incisivos laterais superiores para o estudo da anatomia externa. A Tabela III ilustra os valores médios, máximos e mínimos das amostras estudadas quanto ao comprimento total do dente, altura da coroa, comprimento da raiz e as dimensões da coroa no sentido mésio-distal na altura do terço incisal e no colo, bem como a dimensão vestíbulo-lingual ao nível do equador anatômico.

TABELA III. Medidas realizadas nos incisivos laterais superiores da amostra dos dentes dos indígenas da Guatemala. Dados em milímetros.

A Figura 12 evidencia incisivos laterais superiores com tamanhos máximo (23,9 mm.) e mínimo (18,1 mm.), com o objetivo de dar idéia comparativa.
 

Todos os incisivos laterais superiores estudados apresentavam-se com uma única raiz.

As direções das curvaturas dessas raízes apresentavam-se distribuídas dos seguintes modos: 37,7 % com raízes retas, 9,4% curvados para a mesial, 47,2% curvados para a distal e 5,7% com raízes em forma de "S".

As características anatômicas denominadas de dente em forma de pá (shovel-shaped) foram observadas em 90,6% dos dentes, assim distribuídas: 75,5% em forma de pá, 15,1% com traços de pá. A forma de dupla pá estava presente em 9,4% dos casos.

A Figura 13 ilustra incisivos laterais superiores com coroas em forma de pá e traços de pá.

Para o estudo da anatomia interna, diafanizaram-se 53 incisivos laterais e 100% deles apresentaram-se com um canal radicular e um forame apical (Figura 14).

FIGURA 14. Incisivo lateral superior diafanizado com um canal e um forame apical.
 

CANINOS:
 

Estudaram-se 63 caninos superiores. A Tabela IV evidencia os valores médios, máximos e mínimos da amostra, quanto ao comprimento total dos dentes, altura da coroa, comprimento da raiz e as dimensões da coroa no sentido mésio-distal na altura do terço incisal e na área do colo, bem como a dimensão vestíbulo-lingual ao nível do equador anatômico.

TABELA IV. Medidas árealizadas nos caninos superiores da amostra dos dentes dos indígenas da Guatemala.

A Figura 15 mostra os caninos encontrados com os tamanhos máximo (31,8 mm.) e mínimo (20,3 mm), para efeito de comparação.

Todos os caninos superiores estudados apresentavam-se com uma única raiz.

As direções das curvaturas das raízes desses dentes estavam assim distribuídas: 30,2% com raízes retas, 1,6% com curvatura para a mesial, 50,8% com curvatura para a distal, 1,6% com curvatura para a palatina, 7,9% com curvatura para a vestibular e, 7,9% com raízes, em forma de "S".

Para melhor evidenciação das direções das curvaturas das raízes construiu-se a Tabela V.

Para o estudo da anatomia interna, diafanizaram-se 60 caninos e em 100% dos casos observaram-se as presenças de um canal e um forame apical (Figura 16).

FIGURA 16. Canino superior diafanizado mostrando um único canal radicular.

PRIMEIROS PRÉ-MOLARES:
 
 

Para o estudo da anatomia externa, foram utilizados 56 primeiros molares superiores, dos quais 38 eram unirradiculares (68%) e 18 birradiculares (32%).

A Tabela VI mostra os comprimentos totais dos dentes. Os dentes birradiculares têm seus comprimentos expressos em dados que correspondem Ás distâncias desde o ponto mais proeminente da cúspide vestibular ou palatina até o ápice da respectiva raiz. Em dentes unirradiculares, o comprimento era medido somente pela face vestibular.

As dimensões mésio-distais da coroa foram obtidas tanto no terço oclusal como na área do colo anatômico dos dentes. A dimensão vestíbulo-palatina foi obtida na região do equador anatômico.

A Figura 17 ilustra primeiros pré-molares superiores birradiculares com tamanhos máximo e mínimo, com o objetivo de comparação.

Nos primeiros pré-molares superiores birradiculares, observou-se que a raiz vestibular apresentava-se sempre maior que a raiz palatina, em média de 1,0 mm.

As direções das curvaturas das raízes destes dentes foram analisadas e verificou-se que nos unirradiculares, 42,1% apresentavam-se retas, 5,3% com curvatura para a mesial, 34,2% com curvatura para a distal, 5,3% com curvatura para a vestibular e, 13,1% em forma de "S" (Tabela VII).

Nos birradiculares, as direções das curvaturas das raízes foram analisadas de acordo com cada raiz. Assim, as raízes vestibulares apresentavam as seguintes direções de curvaturas: 33,3% retas, 5,6% com curvaturas para a mesial, 27,8% com curvatura para a distal, 11,1% com curvatura para a vestibular, 11,1% com curvatura para a palatina e 11,1% em forma de "S". As raízes palatinas apresentavam direções de curvatura do seguinte modo: 44,4% retas, 38,9% com curvatura para a distal, 5,6% curvadas para a palatina e 11,1% em forma de "S" (Tabela VII).

Em relação ao local onde aconteceu a bifurcação, 11% foi no terço cervical, 39% no terço médio e 50% no terço apical.

Para o estudo da anatomia interna, diafanizaram-se 74 primeiros pré-molares superiores.

Os resultados evidenciaram a presença de um canal e um forame em 36,5% dos casos. Dois canais e um forame foram observados em 4% dos casos.

A incidência de primeiros pré-molares superiores com dois canais e dois forames foi da ordem de 59,5%.
 

FIGURA 18. Primeiros pré-molares superiores diafanizados com dois canais e dois forames (A e B) e um canal e um forame (C).
 
 

SEGUNDOS PRÉ-MOLARES

Para o estudo da anatomia externa, utilizaram-se 67 segundos pré-molares superiores e observou-se que todos esses dentes eram unirradiculares. A Tabela VIII expressa os comprimentos desses dentes, fornecendo os valores médios, máximos e mínimos encontrados, bem como as dimensões das coroas no sentido mésio-distal no terço oclusal e no colo anatômico e, ainda, as dimensões vestíbulo-linguais no equador anatômico dos dentes.

TABELA VIII. Medidas obtidas dos segundos pré-molares da amostra dos dentes dos indígenas da Guatemala.

A Figura 19 mostra segundos pré-molares superiores com tamanhos mínimo (17,5 mm.) e máximo (25,2 mm.).

As direções das curvaturas das raízes evidenciaram que 62,7% dos segundos pré-molares superiores apresentavam-se com raízes retas, 31,3% com curvatura para a distal e 6,0% em forma de "S".

Para o estudo da anatomia interna, diafanizaram-se 89 segundos pré-molares, sendo que 73% apresentavam um canal e um forame, 9% dois canais e um forame, e 18% com dois canais e dois forames apicais (Figura 20).

FIGURA 20. Segundo pré-molar superior diafanizado com A) dois canais e dois forames, B) dois canais e um forame, C) um canal e um forame.
 
 

PRIMEIROS MOLARES:
 
 

Para o estudo da anatomia externa, analisaram-se 60 primeiros molares superiores. A Tabela IX expressa os valores dos comprimentos totais dos dentes com valores médios, máximos e mínimos. As medidas foram tomadas tendo como base o seguinte procedimento: Mediu-se do ponto mais alto da cúspide correspondente até o ponto extremo da respectiva raiz. Assim, obteve-se um tamanho total do dente analisado, em função de cada raiz.

TABELA IX. Comprimento dos primeiros molares superiores da amostra dos dentes dos indígenas da Guatemala.

FIGURA 21. Primeiros molares superiores com os tamanhos máximo e mínimo .

As dimensões das coroas no sentido mésio-distal ao nível oclusal e do colo, bem como as dimensões no sentido vestíbulo-lingual no terço médio e na área do colo foram obtidas e registradas na Tabela X.

O tubérculo de Carabelli foi observado em 11,6% dos primeiros molares superiores da amostra dos dentes dos indígenas da Guatemala (Figura 22).

Figura 22. Tubérculos de Carabelli da amostra dos indígenas da águatemala.

Neste estudo, procurou-se também analisar a distância compreendida entre a junção cemento-esmalte e a face externa da furca pelas faces vestibular, mesial e distal. Os resultados estão anotados na Tabela XI.

Observou-se que a projeção de esmalte cervical estendia-se pela face vestibular para a região interfurca em 6,7% dos casos analisados. Este fato pode ser ilustrado com mais detalhe na Figura 23.

FIGURA 23. Prolongamento do esmalte até a região da furca na face vestibular de um primeiro molar superior.

A análise das raízes dos primeiros molares superiores demonstrou que elas estavam separadas em 88,3% da amostra. A fusão entre as raízes palatina e mésio-vestibular estava presente em 1,7%. A fusão entre as raízes palatina e disto-vestibular foi detectada em 5% dos casos. Observou-se que as raízes vestibulares estavam fusionadas entre si, mas com a raiz palatina independente, em 5% dos casos.

A direção das curvaturas das raízes dos primeiros molares superiores, bem como as suas respectivas porcentagens podem ser observadas na Tabela XII.

TABELA XII. Direção das curvaturas das raízes dos primeiros molares superiores da amostra de dentes dos indígenas da Guatemala.

Para o estudo da anatomia interna, diafanizaram-se 72 primeiros molares, sendo que 73,6% apresentavam-se com três canais radiculares, e 26,4% com quatro canais radiculares, sendo dois canais na raiz mésio-vestibular (Figura 24).

FIGURA 24. Primeiro molar superior diafanizado. A) presença de quatro canais radiculares, sendo dois na raiz mésio-vestibular, B) com três canais radiculares.
 

SEGUNDOS MOLARES:

Para a análise de anatomia externa, investigaram-se 64 segundos molares superiores. A Tabela XIII mostra os valores médios, máximos e mínimos encontrados, tendo como base cada uma das raízes desses dentes, do mesmo modo que foiárealizado durante o estudo dos primeiros molares superiores.

A Figura 25 ilustra dois segundos molares superiores com tamanhos mínimo e máximo encontrados na amostra dos dentes analisados.

As dimensões da coroa no sentido mésio-distal ao nível oclusal e do colo, bem como as dimensões vestíbulo-lingual no terço médio da coroa e no colo, podem ser vistas na Tabela XIV.

A presença do tubérculo de Carabelli na face mésio-palatina foi detectada em apenas 6,2% dos casos.

A distância entre a junção cemento-esmalte e a furca foi medida nas faces mesiais, distais e vestibulares. A Tabela XV mostra com mais clareza estas medidas.

A projeção do esmalte cervical para a região da furca ocorreu numa incidência de 6,2% dos dentes analisados.

Observou-se que as raízes dos segundos molares superiores da amostras de dentes dos indígenas da Guatemala encontravam-se totalmente separadas em 37,5% dos casos, em 35,9% estavam totalmente fusionadas. Em 1,6% dos casos, a raiz palatina encontrava-se fusionada com a raiz mésio-vestibular e em 6,2% fusionadas com a raiz disto-vestibular. Raízes vestibulares fusionadas entre si e com raiz palatina isolada foram detectadas em 18,8% dos casos. Esses dados encontram-se listados na Tabela XVI.

As direções de curvaturas das raízes dos segundos molares superiores estudados encontram-se listados na Tabela XVII.

Pérolas de esmalte foram encontradas em 6,2% dos segundos molares superiores e todas localizadas na raiz, em seu terço médio (Figura 26).

FIGURA 26. Pérola de esmalte no segundo molar superior.

Para o estudo da anatomia interna, utilizaram-se 84 segundos molares superiores, que revelaram os seguintes aspectos: 81% com três canais e 19% com quatro canais radiculares. A presença do quarto canal foi evidenciada na raiz mésio-vestibular. A Figura 27 ilustra a anatomia dos segundos molares superiores.

FIGURA 27. Segundos molares superiores diafanizados. A) três canais, B) quatro canais .
 

TERCEIROS MOLARES:

A anatomia externa de 64 terceiros molares superiores foi estudada. O comprimento médio total tomando como referência as cúspides palatinas, foi de 18,5 milímetros, com variação entre o máximo de 23 milímetros e o mínimo de 15 milímetros.ÿ

Quanto ás raízes, observaram-se que 79,7% apresentavam-se fusionadas, apenas 6,3% tinham suas raízes totalmente separadas e 14% parcialmente fusionadas.

A fusão das raízes palatina e disto-vestibular representou 3% da amostra, a fusão da raiz mésio-vestibular com a raiz palatina foi encontrada em 3% dos casos, e as raízes vestibulares fusionadas entre si mas, com raiz palatina isolada foram observadas em 8% dos dentes.

O Tubérculo de Carabelli foi encontrado em apenas 1,6% dos casos.

Quanto ao número de canais radiculares estudados em 65 terceiros molares diafanizados, observaram-se que 61,5% apresentavam-se com um único canal, em 9,3% evidenciaram-se dois canais e um forame apical e 15,3% apresentavam dois canais e dois forames apicais (Figura 28).

FIGURA 28. Terceiros molares diafanizados. A) presença três canais e três forames radiculares B) dois canais e dois forames, C)Três canais e um forame amplo e D) um canal e um forame.



 
 

RESULTADOS DENTES INFERIORES

DENTES INFERIORES:

INCISIVOS CENTRAIS:

Foram utilizados 59 incisivos centrais inferiores para o estudo da anatomia externa. A Tabela XVIII mostra os valores médios, máximos e mínimos das amostras estudadas quanto ao comprimento total do dente, altura da coroa, comprimento da raiz e as dimensões da coroa no sentido mésio-distal na altura do terço incisal e no colo, bem como a dimensão vestíbulo-lingual ao nível do equador anatômico.

A Figura 29 mostra incisivos centrais inferiores com tamanhos máximo e mínimo encontrados na amostra analisada.

Todos os incisivos centrais inferiores examinados apresentaram uma única raiz.

Quanto às direções das curvaturas, essas raízes foram assim classificadas: 83% com raízes retas, 3,4% com curvatura para mesial, 8,5% com curvatura para distal, 1,7% com curvatura para vestibular e 3,4% com curvatura em forma de "S".

As investigações da anatomia interna de 41 incisivos centrais inferiores pelo processo de diafanização evidenciaram 80% com um único canal e um forame, 17% com dois canais e um forame e 3% com dois canais e dois forames (Figura 30).

FIGURA 30. Incisivo central inferior diafanizado. A) um canal e um forame,B) Dois canais e um forame, C) dois canais e dois forames.

INCISIVOS LATERAIS:

Utilizaram-se 50 incisivos laterais inferiores para o estudo da anatomia externa. A Tabela XIX ilustra os valores médios, máximos e mínimos das amostras estudadas quanto ao comprimento total do dente, altura da coroa, comprimento da raiz e as dimensões da coroa no sentido mésio-distal na altura do terço incisal e no colo, bem como a dimensão vestíbulo-lingual ao nível do equador anatômico.

A Figura 31 mostra incisivos laterais inferiores com tamanhos máximo e mínimo.

Quanto ao número de raízes, constatou-se que todos os incisivos laterais inferiores eram unirradiculares. As direções de curvaturas das raízes desses dentes podem ser assim classificadas: 60% com raízes retas, 8 % com curvatura para a mesial,e 32% com curvatura para a distal.

Para estudar a anatomia interna, utilizaram-se 43 incisivos laterais inferiores que, após diafanizados, revelaram as seguintes situações: 86% com um canal e um forame, 12% dois canais e um forame e 2% dois canais e dois forames. A Figura 32 ilustra essas situações.

FIGURA 32. Incisivos laterais diafanizados. A) Um canal e um forame, B) dois canais e um forame, C) dois canais e dois forames.
 
 

CANINOS:

Para o estudo da anatomia externa, utilizaram-se 49 caninos inferiores. A Tabela XX mostra os valores médios, máximos e mínimos dos dentes analisados, quanto ao comprimento total, altura da coroa, comprimento da raiz e às dimensões da coroa no sentido mésio-distal na altura do terço incisal e na área do colo, bem como à dimensão vestíbulo-lingual ao nível do equador anatômico.

A Figura 33 mostra os caninos encontrados com os tamanhos mínimo e máximo, para efeito de comparação.

Dos caninos inferiores estudados, 95,9% eram unirradiculares e 4,1% birradiculares. As direções das curvaturas das raízes dos dentes unirradiculares foram as seguintes: a) 48,9% com raízes retas, b) 14,3% com raízes para a mesial c) 30,6% com raízes para a distal, d) 2% com raízes curvadas para a vestibular e e) 4,2% com raízes em forma de "S".

Para o estudo da anatomia interna, foram diafanizados 50 caninos, que apresentavam as seguintes situações: 96% com um canal radicular e um forame, e 4% com dois canais radiculares e dois forames (Figura 34).

FIGURA 34.Caninos inferiores. A) um canal e um forame . B) dois canais e dois forames. As setas indicam canais laterais.

PRIMEIROS PRÉ-MOLARES:

Foram selecionados 52 primeiros pré-molares inferiores, para o estudo da anatomia externa.

A Tabela XXI mostra os valores em milímetros do comprimento total dos dentes, fornecendo a média assim como os valores máximo e mínimo, bem como as dimensões das coroas no sentido mésio-distal no terço oclusal e no colo, e ainda a dimensão vestíbulo-lingual no equador anatômico.

A Figura 35 mostra primeiros pré-molares inferiores com tamanhos máximo e mínimo para efeito de comparação.

As direções das curvaturas das raízes unirradiculares destes dentes foram analisadas e constataram-se as seguintes situações: 36,4% apresentaram-se com raízes retas, 3,9% com curvatura para a mesial, 53,9% com curvatura para a distal, e 5,8% em forma de "S".

Para o estudo da anatomia interna, foram diafanizados 72 primeiros pré-molares. Desses dentes, 86,1% apresentavam-se com um canal e um forame, 2,8% com dois canais e um forame, e 11,1% com dois canais e dois forames (Figura 36).

FIGURA 36. Primeiro pré-molar inferior diafanizado. A) Dois canais e dois forames, B) dois canaiS forame, intercanal e canais laterais, C) um canal e um forame.

SEGUNDOS PRÉ-MOLARES:

Estudaram-se 50 segundos pré-molares inferiores e observou-se que 98% eram unirradiculares e 2% birradiculares.
A Tabela XXII expressa os comprimentos desses dentes, fornecendo os valores médios, máximos e mínimos encontrados, bem como as dimensões das coroas no sentido mésio-distal no terço oclusal e no colo e, ainda, a dimensão vestíbulo-lingual, no equador anatômico.

A Figura 37 evidencia segundos pré-molares inferiores com tamanhos máximo e mínimo.

A análise das direções das curvaturas das raízes evidenciou as seguintes situações: 61,2% com raízes retas, 34,7% com curvatura para distal e 4,1% com raízes em forma de "S".

O estudo da anatomia interna de 46 segundos pré-molares inferiores, pelo métododa diafanização, evidenciou que 89% deles apresentaram-se com um canal radicular e um forame, 2% com dois canais e um forame e 9% com dois canais e dois forames.
 

FIGURA 38. Segundos pré-molares inferiores diafanizados. A) um canal e um forame, B) dois canais e um forame, C) dois canais e dois forames.
 

PRIMEIROS MOLARES:

Para o estudo da anatomia externa, analisaram-se 55 primeiros molares inferiores. A Tabela XXIII expressa os comprimentos totais dos dentes com os valores médios, máximos e mínimos. As medidas foram tomadas tendo como base o seguinte procedimento: mediu-se do ponto mais alto da cúspide correspondente até ao ponto extremo da respectiva raiz. Assim, obteve-se um tamanho total do dente analisado, em função de cada raiz.

A Figura 39 ilustra dois primeiros molares inferiores que representam os valores máximo e mínimo obtidos na amostra; destaca-se, também, a projeção do esmalte cervical.

As dimensões das coroas no sentido mésio-distal ao nível oclusal e do colo, bem como as dimensões no sentido vestíbulo-lingual no terço médio e na área do colo estão anotadas na Tabela XXIV.

As medidas das distâncias entre a junção cemento-esmalte até o ponto de Máxima concavidade do espaço interradicular, nas faces vestibulares e linguais, foram anotadas e estão registradas na Tabela XXV.

Nos primeiros molares inferiores, observou-se que a projeção do esmalte cervical estendia-se para a região inter-furca em 18,2% dos casos. Esse aspecto anatômico pode ser visto na Figura 39.

A análise das raízes dos primeiros molares inferiores demonstrou que elas apresentavam duas raízes em 96,3% dos casos e três raízes em 3,7% da amostra, sendo esta terceira raiz localizada disto-lingualmente (Figura 40).

Figura 40. Molares inferiores. A) com duas raízes. B) com Três raízes.

As direções das curvaturas das raízes dos primeiros molares inferiores, bem como as suas respectivas porcentagens, podem ser observadas na Tabela XXVI.

O estudo da anatomia interna de 106 primeiros molares revelou as seguintes situações: 73,6% com três canais radiculares (dois mesiais e um distal), 14,1% com quatro canais radiculares (dois mesiais e dois distais) e 12,3% com dois canais ( um mesial e um distal) (Figura 41).

Figura 41. Primeiros molares inferiores diafanizados. A) presença de dois canais radiculares ( um mesial e um distal), B) de três canais (dois mesiais e um distal) e C) quatro canais radiculares (dois mesiais e um em cada raiz distal).

SEGUNDOS MOLARES:

Para a análise de anatomia externa, investigaram-se 50 segundos molares inferiores. A Tabela XXVII mostra os valores médios, máximos e mínimos encontrados, tendo como base cada uma das raízes desses dentes, do mesmo modo que foiárealizado durante o estudo dos primeiros molares inferiores.

FIGURA 42. Segundos molares inferiores com os tamanhos mínimo e máximo encontrados na amostra.

As dimensões das coroas no sentido mésio-distal ao nível oclusal e ao nível do colo, bem como as dimensões vestíbulo-lingual no terço médio da coroa e no colo, podem ser vistas na Tabela XXVIII.

A Tabela XXIX expressa as distâncias entre a junção cemento-esmalte até o ponto de maior concavidade interradicular.

Nos segundos molares inferiores, observou-se que a projeção de esmalte cervical estendia-se para a região interfurca em 14% dos casos.

As raízes dos segundos molares inferiores apresentaram-se do seguinte modo: 22% fusionadas, 70% com duas raízes separadas e 8% com três raízes.

Nos dentes com duas raízes, as direções das suas curvaturas estão listadas na Tabela XXX.

As pérolas de esmalte foram encontradas em 8% dos segundos molares inferiores, todas localizadas na superfície da raiz, no seu terço médio (Figura 43).

Figura 43. Pérola de esmalte no segundo molar inferior.

Para o estudo da anatomia interna, utilizaram-se 85 segundos molares. Esses dentes apresentavam os seguintes aspectos internos: 3,5% com um canal, 38,8% dois canais radiculares e dois forames, 45,9% com três canais (dois mesiais e um distal), 8,3% com quatro canais e 3,5% com canais em forma de "C" (Figura 44).

FIGURA 44. Segundos molares inferiores diafanizados. A) dois canais, B) três canais, C) quatro canais.
 
 

TERCEIROS MOLARES:

Estudou-se a anatomia externa de 49 terceiros molares inferiores.

Para a medida do comprimento desses dentes, tomou-se como referência a cúspide mais alta da coroa e o ápice do dente.

Encontrou-se um tamanho médio de 18 milímetros, um máximo de 22,2 e um mínimo de 14,1 milímetros.

Quanto às raízes, elas estavam assim distribuídas: 36,7% fusionadas, 53,1% com duas raízes e 10,2% com três raízes.

As pérolas de esmalte foram encontradas em 6% dos casos, ou seja, em três dentes.

A projeção do esmalte cervical foi encontrada em 5 dentes, ou seja, 10,2% dos casos.

Para o estudo da anatomia interna, foram estudados 52 terceiros molares inferiores e observaram-se os aspectos seguintes: 19,1% com um canal, 55,8% com dois canais e dois forames, 23,1% com três canais e 1,9% com canais em forma de "C".

FIGURA 45. Terceiros molares inferiores diafanizados. A) presença de um canal e um forame, B) dois canais, C) três canais, D) quatro canais.


RESULTADOS AGRUPADOS

Os resultados foram apresentados de acordo com cada tipo de dente e, para facilitar a interpretação geral, eles foram, neste capítulo, agrupados do seguinte modo:

1 -  Comprimentos dos dentes; 2 -  Número de raízes; 3 -  Direção das curvaturas das raízes e 4 -  Números de canais.

Comprimentos dos dentes

A Tabela XXXI expressa os resultados das medidas dos comprimentos dos dentes da amostra de dentes estudada dos indígenas descendentes dos Maias, que habitam a República da Guatemala.

Números de raízes

A Tabela XXXII agrupa todos os dados, em porcentagem, referentes aos números de raízes encontrados nos dentes examinados dos indígenas descendentes dos Maias.

Os dados referentes às direções de curvaturas das raízes dos dentes analisados neste trabalho foram agrupados na
Tabela XXXIII.

Números de canais

Os números de canais radiculares encontrados nos dentes dos indígenas descendentes dos Maias estão expressos em porcentagens, na Tabela XXXIV.



 

DISCUSSÃO

Quando os espanhóis desembarcaram no Novo Mundo, encontraram essa região habitada e deram o nome de índios aos seus habitantes, uma vez que acreditaram ter chegado à índia.

A medida que os conquistadores espanhóis, portugueses, ingleses, franceses e holandeses iam avançando pelo interior do continente, verificaram a presença de nativos desde o Alasca até a Patagônia.

Os conquistadores observaram, também, grande diferença entre os povos indígenas, quanto às suas culturas, pois enquanto alguns eram muito atrasados, outros possuíam grande desenvolvimento na agricultura, arquitetura, matem tica, astrologia e na metalurgia, pois conheciam a fundição e o preparo de metais preciosos. Esses povos evoluídos tinham uma escrita em forma de hieroglíficos.

Entre os povos mais evoluídos, destacavam-se os Astecas, Maias e Incas. Os Maias habitavam as regiões que hoje compreendem os territórios da Guatemala, Honduras e El Salvador. Os Astecas localizavam-se na região do M‚xico e os Incas, nas regiões andinas, principalmente no Peru.

O modo como ocorreu a dominação e a destruição desses povos não cabe aqui ser analisado.

Uma pergunta sempre intrigou os pesquisadores, principalmente os antropologistas: Qual a origem desses povos e como eles chegaram na América ?

MERRIL (1964) relatou que os índios, habitantes das Américas, pertencem ao grupo paleolítico, um dos ramos da raça mongólica.

Para TURNER (1989), que estudou as grandes correntes migratórias pré-históricas dos povos que habitavam as Américas, sua origem está nos povos da Ásia, e um de seus ramos (Sinodontes) caminhou da China até a Sibéria, atravessou o estreito de Bering e alcançou a América. Daí, espalharam-se, com o decorrer dos séculos, até alcançar o extremo sul do continente.

A Figura 46 ilustra, de modo esquem tico, as correntes migratórias dos povos mongólicos exposta por TURNER (1989).

FIGURA 46. Correntes migratórias dos povos

Pré-históricos (TURNER,1989).

A teoria de TURNER (1989) ‚ alicerçada na estabilidade das características dentais encontradas nos indígenas americanos, que são idênticas às dos povos da raça mongólica.

A República da Guatemala apresenta, ainda, grande população descendente dos Maias, e poucos estudos foramárealizados sobre a anatomia externa dos seus dentes (GUTIERREZ, 1969; ESCOBAR, 1970; CASELLAS, 1971; MAURICIO, 1971). Esses estudos enfocaram, principalmente, a presença de dentes em forma de pá (Shovel-Shaped) e a incidência de tubérculo de Carabelli.

Os estudos sobre as dimensões e anatomia interna dos dentes dos indígenas descendentes dos Maias se existentes, são raros e os cirurgiões-dentistas que tratam dessa população valem-se de dadosárealizados por pesquisadores que estudaram dentes de povos de origem caucasiana (BLACK, 1890; PUCCI & REIG, 1944; INGLE & BEVERIDGE, 1976; WOELFEL, 1990).

Assim, o presente estudo visa em suprir essa deficiência e fornecer dados mais próximos da realidade para os profissionais que atendem essa população.

Na amostra estudada de dentes extraídos dos descendentes indígenas que habitam aáguatemala, observou-se que os incisivos superiores apresentaram alta incidência de dentes em forma de pá (Shovel-Shaped), assim distribuídos: a) incisivos centrais superiores em forma de pá (97% do total), sendo que 68,2% apresentaram-se com forma característica de pá e 28,8% com traços de pá, e 21,9% do total mostravam, nitidamente, a forma de dupla pá; b) incisivos laterais superiores com forma de pá foram encontrados em 90,6% dos casos, apenas 15% mostravam traços de pá, e a incidência de dupla pá foi na ordem de 10% do total.

Essa característica anatômicasecundáriaconstitui um forte indício que essa população (descendentes indígenas da Guatemala) pertence ao grupo étnico dos mongóis, de acordo com as observações de DEVOTO (1968), MAURICIO (1971), CASELLAS (1971) e FASTLICHA(1976).

A Tabela XXXV compara dados obtidos por diversos pesquisadores sobre a incidência de dentes em forma de pá, em diferentes povos.

A análise da Tabela acima evidencia que o presente estudo mostra uma maior incidência de dentes em forma de pá que os obtidos por outros pesquisadores que estudaram os dentes dos indígenas da Guatemala e que obtiveram resultados mais próximos dos obtidos por GUTIERREZ (1969). DEVOTO (1968), ao estudar os dentes dos indígenas de Atacama, na Argentina, encontrou a presença de dentes em forma de pá em 100% dos casos.

Os dados referentes às dimensões dos dentes dos indígenas descendentes dos Maias, quanto aos comprimentos totais das coroas e das raízes e das distâncias mésio-distais e vestíbulo-linguais das coroas, foram comparados com os dados obtidos por WOELFEL (1990), que examinou essas dimensões em dentes extraídos da população norte-americana. A Tabela XXXVI ilustra melhor esses dados comparados.

TABELA XXXVI. Medidas comparativas entre os dentes de norte-americanos e indígenas da Guatemala.
 

A comparação dos dados vistos na Tabela XXXVI indica que os dentes dos indígenas descendentes dos Maias apresentam-se ligeiramente menores que os dos norte-americanos.

No que se refere às medidas das coroas no sentido mésio-distal e no sentido vestíbulo-lingual, pode-se afirmar que elas são relativamente iguais entre os indígenas examinados e os dados obtidos por WOELFEL (1990) em norte-americanos, pois as diferenças das medidas ficam compreendidas entre valores de 0,1 a 0,5 milímetro. Essas pequenas diferenças podem ocorrer em função do métodode medida e do aparelho utilizado para fazer a mensuração.

Quanto aos números de raízes, os dentes examinados seguem o padrão geral da raça humana e apresentam baixa incidência da terceira raiz nos molares inferiores. A presença dessa terceira raiz nos molares inferiores tem sido encontrada de modo mais significante nos povos de origem mongólica, como ‚ relatado por diversos pesquisadores e pode ser visto na Tabela XXXVII.

TABELA XXXVII. Molares inferiores com três raízes encontrados por diversos pesquisadores.(Dados em %)

Não foram observados, no presente estudo, pré-molares superiores com três raízes. Observou-se uma alta incidência de pré-molares superiores unirradiculares, semalhante aos dados encontrados por Walker (1987) em estudoárealizado na população chinesa.

Observou-se que os dentes superiores dos indígenas descendentes dos Maias apresentaram grande porcentagem de raízes retas em contraposição aos dados observados por PECORA et al (1990, 1991 e 1992), quando dos exames das direções das curvaturas das raízes de dentes de pacientes da região de Ribeirão Preto, Brasil.

O tubérculo de Carabelli foi encontrado nos molares superiores estudados em 11,6% dos primeiros, 6,2% dos segundos e 1,6% dos terceiros molares. Esse tubérculo constitui uma característica anatômicasecundáriapredominante nos povos de origem caucasiana (CARBONELL, 1960).

A baixa incidência do tubérculo de Carabelli nos molares superiores dos indígenas descendentes dos Maias sugere pouca miscigenação desse povo com os de origem caucasiana.

A projeção de esmalte cervical da coroa dental para a região de maior concavidade da furca foi encontrada em maior grau nos molares inferiores (18,2% nos primeiros e 14% nos segundos molares) do que nos molares superiores (6,7% nos primeiros e 6,2% nos segundos molares). Esse defeito de localização do esmalte dental pode favorecer a instalação de doenças periodontais na região interfurca dos molares (SWAN, 1976).

O clínico deve estar atento paraárealizar o diagnóstico desse defeito anatômico e, caso o encontre, ele deve orientar seus pacientes de modo a conscientiz -los para uma perfeita higienização do local.

Não foram encontrados, nos dentes anteriores superiores dos indígenas Maias, sulcos radiculares (radicular grooves).

Em relação às pérolas de esmalte, a incidência encontrada foi alta, ou seja, 6,2% nos segundos molares superiores e 8% nos segundos molares inferiores. Todas as pérolas de esmalte encontradas estavam presentes na região média das raízes.

Em relação ao número de canais radiculares, observou-se que os dentes examinados seguem as características normais da dentição humana.

A Tabela XXXVIII compara os achados de diversos pesquisadores em relação ao número de canais radiculares encontrados nos incisivos centrais inferiores de diferentes povos.

A Tabela XXXIX compara os achados de diversos pesquisadores quanto ao número de canais radiculares encontrados nos incisivos laterais inferiores.

A presença de dois canais radiculares encontrados nas raízes mésio-vestibulares dos primeiros molares superiores dos indígenas descendentes dos Maias foi da ordem de 26,4%.

A Tabela XL fornece dados comparativos em porcentagem, obtidos por diversos pesquisadores sobre as raízes mésio-vestibulares dos primeiros molares superiores e seus números de canais radiculares.

As Tabelas XXXVIII, XXXIX e XL indicam que os dados obtidos no presente trabalho apresentam, numericamente, alguma diferença com os dados obtidos por outros pesquisadores, mas não são suficientes para estabelecer diferenças em relação às raças estudadas, pois os resultados estão relacionados com a metodologia empregada. Mais investigações serão necess rias para esclarecer se Ha ou não alguma diferença quanto aos números de canais em relação às raças humanas. O que parece ser claro ‚ que os números de canais dos dentes fazem parte das suas características primárias e permanentes.

O presente trabalho possibilitou uma visão mais específica sobre a anatomia dental dos indígenas descendentes dos Maias que habitam a República da Guatemala e abriu novas perspectivas para futuras investigações clínicas, ou seja, estudos das incidências de dentes coniformes (Peg-Shaped), Dens Invaginatus, Dens Evaginatus, Cúspide Talão (Talon Cusps) e, ainda, a relação das projeções do esmalte cervical com as doenças periodontais.

Esses estudos "in vivo" só poderão ser realizados nas clínicas da Guatemala.


CONCLUSÕES

Com base nos resultados obtidos e na metodologia empregada, parece lícito concluir o que se segue:

1 - A incidência de incisivos superiores com coroas em forma de pá ‚ alta nos indígenas descendentes dos Maias, sendo de 97% nos incisivos centrais e 90,6% nos incisivos laterais.

2 - Os dentes dos indígenas descendentes dos Maias possuem comprimentos das coroas e das raízes menores do que aqueles observados em norte-americanos.

3 - A incidência do tubérculo de Carabelli ‚ baixa nos molares superiores da amostra examinada (11,6% nos primeiros, 6,2% nos segundos e 1,6% nos terceiros molares).

4 - As projeções de esmalte cervical para a região da furca foram encontradas em maior incidência nos molares inferiores (18,2% nos primeiros e 14% nos segundos) do que nos molares superiores (6,7% nos primeiros e 6,2% nos segundos).

5 - As pérolas de esmalte foram detectadas em 6,2% dos segundos molares superiores e em 8% dos molares inferiores estudados.

6 - A incidência de molares inferiores com três raízes foi de 3,1% nos primeiros e 8% nos segundos.

7 - Em relação aos números de raízes e de canais radiculares, os dentes dos indígenas estudados seguem o padrão comum, com exceção dos pré-molares superiores, onde ocorre grande incidência de dentes unirradiculares.

8 - Nos dentes superiores da amostra estudada, observou-se uma predominância de raízes retas em comparação com os demais tipos de direções de curvaturas, com exceções dos caninos e das raízes mésio-vestibulares dos molares superiores.

9 - Não se observou a presença de sulcos radiculares (radicular grooves) nos dentes anteriores superiores.

10 - Não se encontraram pré-molares superiores com três raízes na amostra estudada.
 



 

RESUMO

Estudaram-se as anatomia externa de 907 dentes e interna de 1091 dentes extraídos de indígenas descendentes dos Maias, que habitam a República da Guatemala.

O estudo da anatomia externa foiárealizado pelo métododa observação direta e as medidas das dimensões dos dentes foram tomadas com auxílio de um paquímetro digital.

O estudo da anatomia interna dos dentes foiárealizado pelo métododa descalcificação com ácido clorídrico a 5% e diafanização com resina Resapol (poli‚ster). Os canais radiculares foram evidenciados por meio da injeção de gelatina colorida com tinta nanquim.

Os resultados mostraram que os incisivos superiores apresentaram alta incidência de forma de pá (Shovel-Shaped), sendo 97,% nos incisivos centrais e 90,6% nos incisivos laterais.

A incidência do tubérculo de Carabelli nos molares superiores examinados foi baixa (11,6% nos primeiros, 6,2% nos segundos e 1,6% nos terceiros molares).

As pérolas de esmalte foram encontradas em 6,2% dos segundos molares superiores e em 8% dos segundos molares inferiores.

Não se encontraram pré-molares superiores com três raízes, e a incidência de primeiros molares inferiores trirradiculares foi de apenas 3,7%.

Projeções de esmalte cervical para a região da furca foram encontradas com maior freqüência nos molares inferiores (18,2% nos primeiros e 14% nos segundos), do que nos molares superiores (6,7% nos primeiros e 6,2% nos segundos).

Os dentes dos indígenas descendentes dos Maias são ligeiramente menores, no sentido do longo eixo, que os dos norte-americanos.

Os números de raízes e de canais radiculares dos dentes examinados seguem o padrão as características primárias.
 


SUMMARY
 
 

The external anatomy of 907 teeth and the internal anatomy of 1091 teeth extracted from indigenous descendants of Maias, who live in the Republic ofáguatemala, were studied.

The external anatomy was studied by direct observation and measurement of tooth dimension was carried out with a digital Pakimeter.

The internal anatomy was studied by the method of decalcification with 5% hydrochloric acid and the teeth were cleared with Resapol polyester resin. The root canals were visualized by means of injection of India ink colored gelatin.

There was a higHaincidence of shovel-shaped maxillary incisors (97% of the central incisors and 90.6% of the lateral incisors).

The incidence of Carabelli tubercles on the maxillary molars was low (11.6% of first, 6.2% of second and 1.6% of third molars).

Enamel pearls were found on 6.2% of the second maxillary molars and on 8% of the second mandibular molars.

Maxillary pre-molars with roots were not found and the incidence of 3-rooted mandibular first molars was only 3.7%.

Projection of the cervical enamel to the region of the furca was found with greater frequency in mandibular molars (18.2% in the first and 14% in second molars) than in maxillary molars (6.7% in first and 6.2% in second molars).

The incidence of indigenous descendants of Maias were slightly smaller at the long axis than those of North Americans.

The number of roots and root canals of the teeth examined followed the standard of primary characteristics.
 



 

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